sábado, 22 de outubro de 2016

China liberta pastora com sinais de maus-tratos, após 7 anos de prisão

A pastora Yang Rongli foi presa em 2009 juntamente com seu esposo. O casal foi acusado de "perturbar a ordem pública" ao juntarem pessoas para orar.
A China só permite expressões de fé dentro das igrejas que são sancionadas pelo governo. (Foto: Reuters).
A China só permite expressões de fé dentro das igrejas que são sancionadas pelo governo. (Foto: Reuters).

Uma pastora de uma mega-igreja cristã do norte da província de Shanxi (China) foi liberta depois de passar sete anos na prisão por protestar contra a demolição de uma igreja doméstica. A líder apresenta sinais físicos de maus-tratos em seu corpo.

A organização China Aid, que relata histórias de perseguição da nação mais populosa do mundo, disse que a pastora Yang Rongli e seu esposo Wang Xiaoguang foram presos em 2009 após um protesto contra a repressão do Partido Comunista em igrejas domésticas subterrâneas.

O casal foi condenado por "reunir uma multidão para perturbar a ordem pública" quando eles se juntaram para orar em novembro do mesmo ano. Yang foi condenada a sete anos de prisão, enquanto Wang foi punido por três anos.

"Após ser liberta, Yang mostrou sinais físicos da brutalidade que sofreu na prisão. O cabelo acinzentado devido à desnutrição e falta de luz solar. Ela sofre de duas pedras nos rins, diabetes e problemas cardíacos", disse o grupo China Aid.

"Apesar de suas doenças, ela está feliz em relação a sua liberdade, e não tem queixas ou ressentimentos", acrescentou o relatório.

Yang, que já tem 50 anos, liderou 50 mil membros de uma igreja em Shanxi. Ela é uma graduada no departamento chinês de Linfen, e no passado também trabalhou como professora, editora e repórter.

A China só permite expressões de fé dentro das igrejas que são sancionadas pelo governo. Igrejas clandestinas que não desejam seguir os regulamentos comunistas têm enfrentado inúmeras repressões ao longo dos anos, e até mesmo outros pastores de igrejas permitidas pelo governo foram punidas por falar contra a perseguição dos cristãos.

O pastor Gu Yuese da Igreja Chongyi de Hangzhou foi preso no início deste ano pelas autoridades chinesas, oficialmente sob a acusação de desvio de fundos. Mas o castigo tinha mais a ver com a oposição de Gu para com a repressão contra as igrejas.

O número crescente de cristãos na China levou a repressão do governo sobre o cristianismo. "A liderança está cada vez mais preocupada com o rápido crescimento da fé cristã e sua presença pública, além da influência social" explicou Fu.

"É um medo político do Partido Comunista, pois o número de cristãos no país supera em muito os membros do Partido", acrescentou.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

Nenhum comentário:

Postar um comentário