sexta-feira, 20 de outubro de 2017

"Ele era odiado por causa de sua fé", diz mãe de garoto espancado até a morte na escola

A classe inteira assistiu o adolescente cristão apanhando até cair inconsciente no chão.

Segundo a mídia local, existiu negligência da escola que contribuiu para a morte do menino. (Foto: Reprodução).
Segundo a mídia local, existiu negligência da escola que contribuiu para a morte do menino. (Foto: Reprodução).
Um adolescente cristão foi espancado até a morte em uma escola do Paquistão. A vítima foi assassinada dentro da sala de aula. Masih, que completaria o Ensino Médio foi agredido por outro aluno, Raza Ahmed. Segundo a mãe da vítima, seu filho “era odiado por causa de sua fé”.

Javed Tahir Majeed é o vice-superintendente da polícia da região. Sendo um dos três investigadores do caso, ele contou à Portas Abertas que um colega de classe do jovem Masih, Sabir Ali, disse que ele estava sentado no fundo da sala. Quando se levantou para passar entre os bancos, Raza Ahmed abriu as pernas para bloquear o caminho, afirmando que o cristão não poderia sair.

Ainda de acordo com o aluno, quando Sharoon tentou passar pelas pernas de Raza, começou a receber os espancamentos do agressor. Sabir tentou intervir, mas Raza bateu nele também. “Raza negou que tenha tocado Sharoon, mas a classe inteira testemunhou que ele bateu até Sharoon cair no chão e continuou a chutá-lo até deixá-lo inconsciente. Raza é alto e forte e tem a reputação de brigar também fora da escola”, relatou o policial.

O vice-superintendente ainda ressaltou que existem casos onde uma pequena agressão resulta em morte. “É bem plausível que um golpe na barriga cause a morte”, disse ele. Se de um lado as testemunhas oculares confirmaram que Raza chutou Masih no estômago, do outro, a autópsia diz que “nenhum sinal de trauma físico foi encontrado no corpo”. Foram enviadas para exames químicos partes de órgãos internos.

Perseguição religiosa

Segundo informações da mídia local, existiu uma negligência da parte da escola que contribuiu para a morte do menino. A mãe dele diz que Raza Ahmed havia proibido o filho de beber água na escola dias antes do incidente. Sabe-se que os cristãos que vivem no Paquistão são tratados geralmente com desprezo porque muitos deles vêm da casta considerada inferior (os intocáveis). Os muçulmanos se recusam a comer e beber com essas pessoas.

Segundo o Portas Abertas, o pai de Masih, Ilyasab, disse que no primeiro dia na escola, o professor não havia deixado seu filho assistir à aula porque ele estava sem o uniforme e até o agrediu na frente da classe. O jovem cristão havia dito que não se sentia bem em ir à escola porque todos os alunos o odiavam por causa de sua religião. O pai, então, disse que iria com ele para conversar com os professores e os alunos. No dia seguinte, o menino faltou à escola e foi comprar seu uniforme. No terceiro dia, quando voltou, foi morto antes que seu pai pudesse fazer alguma coisa.

Justiça lenta para os cristãos

Para as pessoas mais carentes, a justiça se torna lenta, no Paquistão, além de inacessível financeiramente. Principalmente para os cristãos, que geralmente não têm nem dinheiro. O pai, Ilyasab Masih, espera justiça: “Eu tenho total fé em Jesus de que justiça será feita”. Sabe-se que existem outros alunos cristãos na escola, além de um dos funcionários. O Paquistão ocupa a quarta posição na Lista Mundial da Perseguição 2017, e muitos incidentes contra os seguidores de Jesus foram registrados somente este ano.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO PORTAS ABERTAS

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