sexta-feira, 5 de julho de 2013

CONSCIENTIZAÇÃO POLÍTICA

Nenhum momento é mais oportuno para discutir a qualidade da representação política, do que no período eleitoral em que desfilam campanhas de prefeitos e vereadores deputados, senadores, governadores  e presidentes, prometendo soluções para todos os problemas cotidianos enfrentados pelos eleitores, que em Outubro de 2014 irão mais uma vez às urnas para ecoar a sua vontade soberana, que legitima e fortalece o regime democrático.
Contudo, o Brasil vive dois fenômenos que aumentam a distância entre o povo e a política, que são simultaneamente, a crise de Representatividade dos políticos eleitos e a falta de conscientização por parte dos eleitores.
A crise de Representatividade é velha conhecida; está estampada nos jornais pela baixa produção do Legislativo, pelos inúmeros casos de corrupção, pela verdadeira submissão do Parlamento ao Poder Executivo, sem falar na morosidade, e a consequente sensação de impunidade transmitida pelo Poder Judiciário.
Como solução apontada, seria a deliberação de uma Reforma Política estrutural no Brasil. Contudo, tão importante e urgente quanto ela, é a necessidade de reverter o segundo fenômeno destacado anteriormente: a falta de conscientização política por parte dos eleitores, que não acompanham, e, portanto, não pressionam como deveriam, seus representantes para que essa Reforma, e outras importantes decisões fossem tomadas dentro do Congresso Nacional, e nos legislativos estaduais e municipais.
Já perdemos tempo demais com os braços cruzados, esperando mudanças institucionais que reaproximem os representantes de seus representados. É preciso destacar que tão importante quanto as Reformas Institucionais, é a implantação de medidas que viabilizem o aumento da conscientização política por parte dos eleitores.
Na situação atual, mesmo sem saber a diferença entre as funções de um Deputado e de um Senador, ou sem ao menos se dar conta das limitações impostas aos vereadores e prefeitos, muito pouco, ou quase nada se comenta a respeito das prerrogativas impostas ao trabalho daqueles que almejam cargos públicos para nos representar.
Para tanto, medidas como a inclusão de uma disciplina que leve educação política para dentro das salas de aula de escolas públicas e particulares, seria um bom começo na tentativa de difundir entre os jovens a noção da importância e do funcionamento da política e das Instituições públicas, a fim de que estes, quando em idade hábil para votar, possam ter preparação e capacitação para fazê-lo com consciência, serenidade e convicção. E com essa formação, depois do pleito eleitoral, eles também terão maior consciência para acompanhar e fiscalizar o trabalho dos seus representantes.
Em outras palavras, é preciso reforçar a conscientização política das pessoas, a começar dentro das escolas, de modo que os jovens e a sociedade como um todo, possam deixar de participar da política como eleitores a cada dois anos, para se tornarem cidadãos todos os dias.