sábado, 30 de abril de 2022

Mulher considerada a mais forte do Brasil diz que “toda força está em Jesus”

A paratleta Camila Feitosa inspira a “crer em um Deus que nos criou” e “fazer acontecer”.

FONTE: GUIAME
Camila é considerada a terceira menor mulher do mundo. (Foto: Instagram/Camila Feitosa)
Camila é considerada a terceira menor mulher do mundo. (Foto: Instagram/Camila Feitosa)
Com cerca de 73 centímetros e 21 quilos, Camilla Feitosa ganhou o título de mulher mais forte do Brasil. Nascida em Aracaju (SE), a paratleta de 35 anos se tornou um exemplo de superação.

Em entrevista no programa The Noite, exibido pelo SBT na segunda-feira (25), Camila falou ao apresentador Danilo Gentili sobre a fonte da sua força.

“Nós treinamos três vezes por semana durante 4 horas por dia”, disse Camila a Danilo. “Toda força está no braço”, comentou o apresentador. Ela então destacou: “Toda força está em Jesus. Simples assim, só Ele explica”.

Camila iniciou sua vida no esporte em 2018 e em apenas um ano, conseguiu conquistar o vice-campeonato brasileiro de halterofilismo e o título de mulher mais forte do Brasil, por pesar 21,8 kg e ter levantado 53 kg no supino. Desde então, Camila já soma sete medalhas.

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Ciclistas cristãos arrecadam US$ 1 milhão para ministérios de jovens do mundo inteiro

Em 8 anos, o grupo promoveu 43 passeios de bicicleta até alcançar a meta de doações.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN HEADLINES

O grupo de ciclismo promoveu 43 passeios de bicicleta até alcançar a meta. (Foto: Facebook/Ends of the Earth Cycling).

Um grupo cristão de ciclismo, nos Estados Unidos, arrecadou 1 milhão de dólares para ministérios de jovens do mundo inteiro. 

Ligados à organização missionária New International, os ciclistas do “Ends of the Earth Cycling” traçaram a meta de arrecadação há 8 anos e alcançaram o valor no início deste mês.

Fundado em 2011, o grupo de ciclismo surgiu como uma maneira de incentivar a comunhão entre pastores de jovens da New International e acabou se transformando em uma missão com um propósito grandioso.

O primeiro passeio da Ends of the Earth Cycling aconteceu na Flórida e reuniu cerca de 12 líderes. Os ciclistas conseguiram levantar mais de 7 mil dólares no evento e usaram 10% da quantia para continuar o projeto e doaram o restante para um ministério de jovens da Bulgária.

"Naquele momento, nasceu o End of the Earth Cycling", contou Justin Hanneken, diretor executivo do grupo. 

Desde sua fundação, o Ends of the Earth Cycling realizou 43 passeios de bicicletas em 35 estados nos EUA, arrecadando doações a cada passeio. Mais de mil pessoas já se envolveram nas pedaladas que percorrem de 480 km a 800 km, durante cinco a sete dias.   

"É realmente uma viagem missionária. O ciclismo é realmente uma ferramenta", disse Justin.

Os passeios ciclísticos missionários vão continuar. Neste ano, o grupo sediará uma turnê em Vermont em julho, e em setembro, os ciclistas farão uma turnê pelo Alasca, marcando presença em mais dois estados americanos.

De acordo com o site do grupo, a missão New International, com sede na Flórida, tem mais de 220 missionários espalhados por mais de 36 países. 

"Os EUA têm 90% dos recursos do ministério de jovens do mundo e apenas 4% dos jovens do mundo", explica o site. 

“A Ends Cycling acredita que todos merecem o mesmo acesso ao Evangelho, e estamos dispostos a ir até os confins da terra para ver essa visão cumprida pelo poder de Cristo”.


quinta-feira, 21 de abril de 2022

Franklin Graham: ‘Não há solução política, só Deus pode consertar um país quebrado’

O líder cristão disse ainda que os pais devem defender as crianças da cultura que não abraça os valores bíblicos.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA FOX NEWS

Rev. Franklin Graham durante um evento evangélico. (Foto: Associação Evangelística Billy Graham)

Franklin Graham concedeu uma entrevista à Fox News Digital onde falou sobre a grande necessidade dos americanos para se voltar para Deus hoje.

O presidente da Samaritan's Purse e da Billy Graham Evangelistic Association também observou a importância de cargos eleitos em comunidades em toda a América – à medida que, cada vez mais, pais preocupados se posicionam contra uma cultura que não abraça os valores bíblicos.

"Os pais precisam ir aos conselhos escolares. Precisamos fazer com que homens e mulheres cristãos concorram aos conselhos escolares", declarou o líder cristão.

"As pessoas viraram as costas para Deus", disse o pastor.

"Nossos educadores tiraram Deus das escolas. Nossos políticos tiraram Deus da política. Nossa nação não é melhor [por isso]. Nossa nação é pior", afirmou o filho do evangelista Billy Graham.

Graham acrescentou que “as pessoas não sabem dizer a verdade. Elas não têm ideia do que é a verdade. Parece que vamos de mal a pior".

É por isso que "a única esperança é Deus. Só Deus pode mudar esta nação".

“E oro para que as pessoas se voltem para Deus, ore a ele e peça sua ajuda em tudo o que fazemos – e que ele abençoe esta nação”.

Graham declarou ainda que "nós nos tornamos tão violentos. Nosso entretenimento é tão violento. Deus julgou este mundo com um dilúvio. Ele inundou toda a terra - e uma das razões é porque a humanidade se tornou tão perversa e o mundo tão violenta. E veja como somos violentos hoje."

"Este é um momento crítico para nossa nação. Questões como aborto, sexualidade e gênero estão sendo politizadas como nunca antes", disse, continuando que "Nossa indústria do entretenimento empurra a violência. Ela empurra o sexo. E o pessoal de Hollywood se manifesta contra as armas - mas eles pegam armas e as glorificam".

"Estamos tão distorcidos. E espero que nossa nação acorde e veja os problemas que enfrentamos e perceba que a única esperança é Deus".

Famílias

Para as famílias, o reverendo aconselhou os pais preocupados a se tornarem mais ativos em suas comunidades e a usar suas vozes e suas crenças para defender para seus filhos.

"Os pais precisam ir aos conselhos escolares", disse ele.

“Precisamos fazer com que homens e mulheres cristãos concorram aos conselhos escolares”, acrescentou. "Acho que a autoridade eleita mais importante é um membro do conselho escolar."

“Precisamos de homens e mulheres cristãos nos conselhos escolares que possam assumir o controle de suas comunidades”, disse ele.

“Todo esse lixo e toda essa sujeira que a esquerda está empurrando nossos alunos – isso pode ser revertido se homens e mulheres cristãos concorrerem aos conselhos escolares”.

Graham também enfatizou o poder do arrependimento e confissão de pecados, especialmente durante esta época da Páscoa – um tempo de renovação e novos começos de várias maneiras.

Deus vai julgar

"Acredito que Deus vai julgar a América em algum momento", disse ele. "Ele nos deu tanto, e nós somos tão esbanjadores e tão desobedientes, e tão perversos no que estamos fazendo como nação."

“Nós apenas precisamos nos arrepender e abandonar nossos pecados. E talvez Deus nos ouça e nos perdoe”, declarou.

Ele também disse que “a única esperança para este país é Deus. E eu encorajaria as pessoas a orar - por si mesmas”.

"Apenas examine seu coração, e se há algo que não está certo em sua vida, confesse a Deus e peça seu perdão."

É muito fácil apontar o dedo e olhar para outras pessoas e o que elas estão fazendo, ele sugeriu. "Precisamos olhar para nossas próprias vidas", disse Graham. "Nós somos pecadores."

Ele enfatizou que "Deus ouve as orações".

"É por isso", disse ele, "exorto as pessoas a se voltarem para Deus - arrepender-se de seus pecados - e invocar o nome de Seu Filho Jesus Cristo".

Ucrânia

Graham retornou recentemente da Ucrânia, onde sua organização, Samaritan's Purse, está ajudando muitos ucranianos deslocados com suas necessidades mais urgentes, como alimentos e remédios, em meio à guerra Rússia-Ucrânia.

A Samaritan's Purse opera seis centros médicos em toda a Ucrânia - um hospital de emergência e cinco clínicas, observou Graham.

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Estado Islâmico pede mais ataques em Israel e na Europa

O porta-voz do grupo terrorista quer vingar a morte de seu líder, ocorrida em fevereiro deste ano.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE JERUSALÉM 

Um militante do Estado Islâmico carregando a bandeira do grupo. (Foto: Wikipedia)

Depois de dois ataques mortais do Estado Islâmico (EI) que mataram 6 pessoas em Israel, há menos de um mês, o porta-voz do grupo terrorista sunita, Abu Omar al-Muhajjr, pediu aos apoiadores que realizem mais ataques.

Em seu discurso durante o mês sagrado muçulmano, conhecido como Ramadã, Muhajjr pediu uma “ofensiva global” em vingança pela morte de seu líder, Abu Ibrahim al-Qurayshi, de acordo com informações do Jerusalem Post.

Abu foi assassinado durante uma operação dos americanos na Síria, no mês de fevereiro. Como líder do Estado Islâmico, ele atuava diretamente em sequestros, assassinatos e tráfico de pessoas.

Jihad e a sede de vingança

“Anunciamos, com a ajuda de Alá, uma guerra abençoada para vingar a morte de Abu Ibrahim al-Qurayshi e al-Muhajir abu Hamza al-Qurashi [ex-porta voz do EI]”, escreveu Muhajjr num discurso divulgado em seu Telegram, com o título “Combata-os e Deus os castigará pelas suas mãos”.

O porta-voz pede que mais ataques sejam realizados na Europa, pois enxerga como uma “grande oportunidade” as questões relacionadas à guerra na Ucrânia.

Ao mencionar os ataques terroristas em Israel, no mês de março, reivindicados pelo grupo terrorista, ele pediu aos apoiadores que “seguissem seu caminho e se armassem para realizar novos ataques”.

‘Matamos em nome de Alá’

“Esses atos causaram dor aos judeus e mostraram ao mundo que há uma diferença entre aqueles que lutam e morrem por Alá e aqueles que lutam por slogans políticos vazios”, disse Muhajjr.

Ele elogiou os assassinos, dizendo que “eles lutaram e foram mortos por causa de Alá” e disse que Jerusalém só poderia ser libertada com o retorno do califado, não pelos líderes palestinos que ele chamou de “terroristas seculares”.

“Políticos muçulmanos modernos que tentam libertar Jerusalém nada mais são do que marionetes nas mãos de Israel e do Ocidente”, disse ainda.

O ataque em Hadera, que custou a vida de dois jovens policiais de fronteira — Yezen Falah e Shirel Abukarat — foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

Antes desse ataque, quatro israelenses foram esfaqueados até a morte na cidade de Berseba, no sul, por Mohammed Abu al-Kiyan. Embora o grupo não tenha reivindicado abertamente esse ataque, fizeram elogios ao assassino.

Kiyan havia sido preso em 2016 e condenado a quatro anos de prisão por formar um grupo que planejava viajar para a Síria e se juntar ao EI. Como professor do ensino fundamental, Kiyan também foi condenado por ensinar crianças e membros da comunidade durante aulas de conteúdo inspirado no grupo jihadista.

Apoiadores do Estado Islâmico podem realizar ataques

Conforme um relatório do Haaretz, oficiais de defesa acreditam que cerca de 200 árabes-israelenses apoiam o Estado Islâmico e que podem realizar ataques em nome do grupo.

No passado, como os terroristas do EI estavam no auge, cerca de 100 israelenses se juntaram ao grupo e vários árabes-israelenses foram presos pelo Shin Bet e pela Polícia de Israel por tentarem se juntar a eles.

Vários foram mortos por causa disso, mas acredita-se que alguns que escaparam estão de volta a Israel.

sexta-feira, 15 de abril de 2022

Volante Souza leva sua fé a jogadores fora dos campos: “Deus me trouxe por um propósito”

Souza, que já fez parte da Seleção Brasileira, chegou a pastorear uma igreja com sua esposa e tem discipulado jogadores na Turquia.

FONTE: GUIAME, LUANA NOVAES
Souza é volante do Beşiktaş, na Turquia. (Foto: Instagram/Josef de Souza)Souza é volante do Beşiktaş, na Turquia. (Foto: Instagram/Josef de Souza)

O ex-atacante Amaury Nunes, marido de Karina Bacchi, iniciou em março o quadro “Fé & Futebol”, onde tem um bate-papo com jogadores cristãos. Nesta quarta-feira (13), ele recebeu o volante Souza, jogador do time turco Beşiktaş.

“Desde que eu me entendo por gente, minha mãe me levava à igreja”, revelou Souza a Amaury, durante a conversa. 

Souza começou sua carreira no Vasco e passou por grandes clubes, como Porto, Grêmio, São Paulo, Fenerbahçe e Al-Ahli. Ele também fez parte da Seleção Brasileira na Copa de 2014 e, nos últimos anos, se tornou destaque no futebol na Turquia, onde atua pelo Beşiktaş.

Nascido em São Gonçalo (RJ), Souza foi criado dentro dos princípios do cristianismo. “Apesar de nem toda a minha família ser convertida, eu cresci em um ambiente cristão. No início eu ia mais por força, mas serviu muito para amadurecer meu caráter e me fazer quem sou hoje”, conta.

Souza foi batizado aos 15 anos na Igreja Batista Renovada, em São Gonçalo. Mas antes de sua decisão, ele enfrentou algumas lutas nos primeiros anos de sua adolescência. Com apenas 11 anos de idade, ele saiu de casa e passou a morar em um alojamento das categorias de base do Vasco.

“Um mês eu ia para a igreja, no outro eu estava fazendo as mesmas besteiras que os meninos do clube. Eu fiquei nessa ida e vinda por muito tempo. Mas o legal é que eu sempre conheci a Palavra. Por mais que eu quisesse viver o que Deus não queria para mim, sempre chegava um momento em que eu ia dormir, colocava a cabeça no travesseiro, me arrependia e chorava”, revela.

Apesar dos tropeços, Souza nunca deixou de temer a Deus e reconhecia que estava no futebol para viver um propósito. “Mesmo novo, eu já fazia reuniões e tentava levar os meninos para a igreja, mas havia fases que eles conseguiam me arrastar”, lembra.

“Mas quando você não está bem com Deus, parece que tudo fica errado”, reconhece o jogador. “E quanto mais próximo de Deus eu estava, tudo parecia melhor, até nas fases ruins.”

Amaury Nunes em conversa com Souza. (Foto: YouTube/Amaury Nunes)

Chamado além do campo

Souza conheceu sua esposa, Danielle, na Igreja Bola de Neve em 2009, na Barra da Tijuca. Em 2010 eles se casaram e começaram uma nova fase ministerial em Portugal. “Comecei a ser líder de jovens em uma igreja no Porto”, contou. “Ali eu tive minhas primeiras experiências de ver vidas conhecendo a Jesus.”

Quando chegou na Turquia em 2015, Souza conta que fazia parte de uma célula da Bola de Neve, e depois foi plantada uma pequena igreja. “Mas o líder dessa igreja teve que ir embora e, por 1 ano e meio, eu e minha esposa lideramos essa igreja”, afirma.

“Consegui manter minha fé acesa, mesmo sendo um país 99% islâmico. Eles têm uma restrição em relação ao cristianismo e a todas as outras religiões. Eu nunca divulguei muito que eu era cristão nas redes sociais, e nem mesmo o endereço de onde eu pregava, por várias questões”, conta.

Em 2018, quando ele foi para um clube da Arábia Saudita, Souza confessa que ficou “deslumbrado” pelo dinheiro e acabou se esfriando na caminhada com Deus. Mas ao voltar para Turquia, em 2020, ele sentiu que deveria fazer diferente. 

“Chegou o momento de anunciar o Evangelho, independente se as pessoas vão gostar ou não, se vão me aceitar ou não”, decidiu.

Hoje ele entende que foi levado por Deus de volta à Turquia por um propósito específico. “Temos igreja, temos reuniões e faço encontros com jogadores nas casas. A única forma de se manter de pé é vivendo o Evangelho”, destaca.

O conteúdo completo está no canal de Amaury Gomes no YouTube. Assista:

quarta-feira, 13 de abril de 2022

Implantes de microchip permitem pagamento usando apenas a mão

Desde 2021, a empresa anglo-polonesa Walletmor se tornou a primeira a colocar à venda chips de pagamento implantáveis.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA BBC

Um raio-x mostra um implante Walletmor, que é injetado na mão de uma pessoa após um anestésico local. (Foto: Reprodução / BBC)

"O procedimento dói tanto quanto quando um beliscão na pele", diz Patrick Paumen, de 37 anos, que recebeu um implante de microchip em sua mão. Com o dispositivo, o holandês consegue pagar suas despesas em lojas ou restaurantes.

Paumen não precisa usar dinheiro, cartão de banco ou celular para pagar as contas, como a maioria das pessoas fazem. Ele simplesmente coloca a mão esquerda perto do leitor de cartão e o pagamento é realizado.

"As reações que recebo dos caixas são impagáveis", diz Paumen, que trabalha como guarda de segurança.

Patrick Paumen também tem ímãs implantados em seus dedos. (Foto: Reprodução / BBC)

implante do microchip de pagamento sob a pele de sua mão foi feito em 2019.

Mas Paumen não foi o primeiro ser humano a receber um microchip em seu corpo. Iniciada em 1998, foi na última década que a tecnologia ficou disponível comercialmente.

Chips de pagamento

Desde 2021, a empresa anglo-polonesa Walletmor diz que se tornou a primeira a colocar à venda chips de pagamento implantáveis.

"O implante pode ser usado para pagar uma bebida na praia do Rio, um café em Nova York, um corte de cabelo em Paris — ou no supermercado local", diz o fundador e presidente-executivo Wojtek Paprota. "Ele pode ser usado onde quer que pagamentos sem contato sejam aceitos."

Pesando menos de um grama, o dispositivo da Walletmor é pouco maior que um grão de arroz. Ele é composto por um minúsculo microchip e uma antena envolta em um biopolímero — um material de origem natural, semelhante ao plástico.

Paprota diz que o chip é totalmente seguro, tem aprovação regulatória e funciona imediatamente após ser implantado. Também não requer bateria ou outra fonte. A empresa diz que já vendeu mais de 500 dispositivos.

Aprovação

Uma pesquisa de 2021 com mais de 4 mil pessoas no Reino Unido e na União Europeia apontou que 51% considerariam fazer um implante.

No entanto, sem fornecer uma porcentagem, o relatório acrescentou que "questões de invasão e segurança continuam sendo uma grande preocupação" para os entrevistados.

Paumen diz que não tem nenhuma dessas preocupações.

"Os implantes de chip contêm o mesmo tipo de tecnologia que as pessoas usam diariamente", diz ele, "desde chaveiros a destrancar portas, cartões de transporte público como o cartão Oyster [do transporte público de Londres] ou cartões bancários com função de pagamento sem contato."

"A distância de leitura é limitada pela pequena bobina da antena dentro do implante. O implante precisa estar dentro do campo eletromagnético de um leitor RFID [ou NFC]. Somente quando há um acoplamento magnético entre o leitor e o transponder o implante pode ser lido."

Ele acrescenta que não está preocupado em ser rastreado.

"Os chips RFID são usados ​​em animais de estimação para identificá-los quando estão perdidos", diz ele. "Mas não é possível localizá-los usando um implante de chip RFID — o animal desaparecido precisa ser encontrado fisicamente. Então todo o corpo é escaneado até que o implante de chip RFID seja encontrado e lido."

Privacidade

A principal preocupação das pessoas sobre os implantes é sobre os dados privados, além da possibilidade de serem rastreadas.

Especialista em Tecnologia Financeira, Theodora Lau, diz que os chips de pagamento implantados são apenas "uma extensão da internet das coisas". Ou seja, trata-se de uma nova maneira de conectar e trocar dados.

No entanto, embora ela diga que muitas pessoas estão abertas à ideia — pois tornaria o pagamento das coisas mais rápido e fácil — o benefício deve ser ponderado com os riscos. Especialmente na medida em que os chips comecem a carregar mais informações pessoais.

"Quanto estamos dispostos a pagar por conveniência?", pergunta. "Onde traçamos a linha quando se trata de privacidade e segurança? Quem protegerá a infraestrutura crítica e os humanos que fazem parte dela?"

Nada Kakabadse, professora de Política, Governança e Ética na Henley Business School da Reading University, também é cautelosa sobre o futuro de chips mais avançados.

"Existe um lado sombrio da tecnologia que tem potencial para abuso", diz ela. "Para aqueles que não amam a liberdade individual, abre novas e sedutoras visões de controle, manipulação e opressão. E quem é o dono dos dados? Quem tem acesso aos dados? E é ético colocar chip em pessoas como fazemos com animais de estimação?" 

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Palestinos vandalizam e incendeiam o Túmulo de José em meio a tensões

A Tumba de José recebe visitas periódicas de judeus, que acreditam que o personagem bíblico está enterrado lá.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO TIMES OF ISRAEL

Tumba de José foi vandalizada por palestinos. (Foto: Israel Defense Forces/Twitter)

túmulo de José foi invadido e vandalizado por palestinos por dois dias seguidos, segundo a mídia isralelense. O primeiro ataque ao local aconteceu na noite de sábado (9), durante confronto entre palestinos e policiais israelenses. No dia seguinte, manifestantes voltaram para depredar a tumba já vandalizada.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram um homem atirando pedras no local. Ao fundo, ouve-se um homem dizendo em árabe: “Não existe mais o túmulo de José, seus traidores”.

Os “traidores” mencionados pelo homem seriam parte da própria Autoridade Palestina. No domingo (10), o governador da região de Nablus, na Cisjordânia — onde o túmulo está localizado — prometeu restaurar o local após sua vandalização e reafirmou que a tumba estava sob a proteção da Autoridade Palestina. Ele disse também que também Nablus era uma “cidade de três religiões”.

A Tumba de José está localizada dentro da “Área A” da Cisjordânia, que está oficialmente sob controle da Autoridade Palestina, apesar de ter militares israelenses fazendo sua segurança. As Forças de Defesa de Israel (IDF) impedem que cidadãos israelenses entrem na Área A sem autorização prévia.

A tumba é venerada por judeus, cristãos e muçulmanos, e muitas vezes tem sido um foco de violência. Os judeus acreditam que o José da Bíblia está enterrado na tumba, enquanto os muçulmanos alegam que um sheik está enterrado lá.

Os judeus só podem visitar o túmulo de José uma vez por mês, sob a guarda de soldados israelenses. Durante essas visitas, é comum haver palestinos jogando pedras nas tropas e, às vezes, os atacando com coquetéis molotov e tiros, informa o jornal Times of Israel.

Sobre o ataque

O mais recente ato de vandalismo ocorreu um dia após cerca de 100 palestinos invadirem o local, destruindo objetos e incendiando o túmulo. A multidão foi então dispersada pelas forças de segurança palestinas, disse o porta-voz das IDF, o general Ran Kochav.

Imagens publicadas nas mídias sociais mostram partes da tumba quebradas e carbonizadas, e dezenas de palestinos entrando no local, destruindo objetos.

📹 عدد من الشبان يتمكنون من الدخول إلى قبر يوسف وتحطيم محتوياته لليوم الثاني على التوالي pic.twitter.com/rcdk2qkUrl

— وكالة صفا (@SafaPs) April 11, 2022 

Os tumultos ocorreram em meio a confrontos entre palestinos e soldados das IDF. Os recentes ataques terroristas em Israel levaram os militares israelenses a entrar no campo de refugiados de Balata, na área de Jenin, como parte de operações antiterroristas — o que provocou a ira dos palestinos.

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, condenou no domingo o ato de vandalismo do Túmulo de José. “Não vamos tolerar tal ataque a um lugar que é sagrado para nós – na véspera da Páscoa”, disse ele. “Vamos nos certificar de reconstruir o que eles destruíram, como sempre fazemos.”

O ministro da Defesa, Benny Gantz, disse que o vandalismo foi um “acontecimento grave” e disse que enviou uma “forte mensagem” à Autoridade Palestina sobre o ataque ao santuário.

Judeus baleados

O vandalismo desta segunda-feira (11) ocorreu horas depois que as Forças de Defesa de Israel disseram que dois judeus foram baleados e feridos enquanto tentavam chegar ao Túmulo de José.

Os dois homens, que são membros da comunidade judaica Breslover, do rabino Eliezer Berland, tentavam chegar ao santuário sem ter se coordenado com os militares, que geralmente supervisionam as visitas de fiéis judeus. Eles ficaram levemente feridos.

O tiroteio e o vandalismo ocorrem durante o Ramadã, um mês sagrado para os muçulmanos e geralmente um período de alta tensão em Israel e Cisjordânia.

Pelo menos quatro ataques terroristas com vítimas fatais aconteceram em Israel nas últimas semanas. Em resposta, militares israelenses têm aumentado as medidas de segurança e realizado uma série de ataques na Cisjordânia.

 

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Idosos de 80 anos se casam após se conhecerem em estudo bíblico: “O amor é atemporal”

 O noivo Otto, de 82 anos, orou a Deus, pedindo uma esposa que amasse ao Senhor.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE SOUTHERN LIVING

Janice, de 89 anos, e Otto, de 82 anos, se casaram no centro onde vivem. (Foto: Time Knot Forgotten Photography/Belmont Village).

Noivos na casa dos 80 anos mostraram que nunca é tarde para amar, ao se casarem após se conhecerem num estudo bíblico no Texas, Estados Unidos.

No último sábado (2), Janice Matamoros, de 89 anos, e Otto Ewers, de 82 anos, trocaram os votos matrimoniais em uma linda cerimônia ao ar livre no centro de convivência onde vivem, na presença de amigos e vizinhos.

Segundo a equipe do Belmont Village Senior Living Lakeway, em Lakeway, Janice e Otto têm sido inseparáveis desde que se conheceram no estudo bíblico do centro, há dois anos.

“Depois que minha esposa faleceu, orei para que Deus me enviasse uma mulher que amasse o Senhor, pudesse me ensinar sobre a palavra de Deus e que gosta de assistir futebol”, contou Otto, em entrevista ao Southern Living. 

Já Janice disse que nunca imaginou que encontraria o amor nessa época da vida. “Aprendi que o amor é atemporal. Eu nunca pensei que iria querer encontrar o amor ou me casar novamente, mas a vida é cheia de surpresas!", declarou ela.

O Belmont Village ajudou a organizar a cerimônia. O casamento foi celebrado pelo pastor Brent Graham, que lidera o estudo bíblico na instituição, onde os noivos se conheceram. 

A recepção também aconteceu no pátio do centro, com cerca de 60 convidados, entre moradores e funcionários.

               Janice, de 89 anos, e Otto, de 82 anos, se casaram no centro onde vivem. (Foto: Time Knot Forgotten Photography/Belmont Village).

quarta-feira, 6 de abril de 2022

“Nos tornaremos um 'grande Israel'”, diz Zelensky sobre planos para Ucrânia pós-guerra

O presidente acredita que os próprios cidadãos serão os representantes das Forças Armadas ou da Guarda Nacional em todas as instituições.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE JERUSALÉM POST E CNN

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia. (Foto: Wikimedia Commons)

De acordo com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Ucrânia planeja seguir o modelo de Israel e disse que o país não será desmilitarizado. 

Ele já se dirigiu a 19 parlamentos globais, conforme a CNN, e deu essa declaração na terça-feira (5), se mostrando confiante: “Acho que todo o nosso povo será nosso grande exército”. 

“Definitivamente, nos tornaremos um ‘grande Israel’, com seu próprio rosto”, ele acredita e explica que é possível que os cidadãos ucranianos sejam os representantes das Forças Armadas ou da Guarda Nacional em todas as instituições. 

“Haverá pessoas com armas até nos supermercados e cinemas. Tenho certeza de que nossa questão de segurança será prioridade nos próximos dez anos”, disse.

Resistência e ajuda de outros países

Zelensky enfatizou que a Ucrânia resistiu persistentemente às exigências russas de desmilitarização. “Porém, ainda é necessário que haja países fornecendo garantias de segurança”, disse ao incluir Israel em sua lista. 

“Tudo isso está sendo discutido com conselheiros e líderes da França, Estados Unidos, Turquia, Reino Unido, Polônia, Itália, Israel, e muitos amigos que querem participar”, disse o presidente. 

“Até agora, não recebemos uma lista específica de garantias ou uma lista de países que estão prontos para se juntar a nós 100%”, continuou ao sinalizar que a Ucrânia precisa de um pequeno círculo de estados prontos para ajudá-la com suas necessidades defensivas. 

“Precisamos de ‘jogadores’ sérios que estejam prontos para fornecer qualquer arma dentro de 24 horas. Precisamos de países com a política de sanções e que sejam elaboradas com antecedência”, explicou.

Crimes de guerra e número de mortos

Zelensky conversou com a mídia pouco antes de seu discurso no Conselho de Segurança da ONU, onde acusou a Rússia de crimes de guerra e pediu sua expulsão do conselho de 15 membros. 

A Rússia é um dos cinco membros permanentes do conselho e, como tal, tem poder de veto e o usou para bloquear qualquer ação do Conselho contra sua invasão à Ucrânia, de acordo com o Jerusalem Post. 

“Estamos lidando com uma nação que transforma seu veto no direito de matar. A Rússia quer transformar o povo da Ucrânia em escravos silenciosos”, denunciou Zelensky.

Conforme Lyudmyla Denisova, provedora de direitos humanos na Ucrânia, cerca de 150 a 300 corpos podem estar em uma vala comum, perto de uma igreja em Bucha [cidade ucraniana]. Mas, Moscou nega estar atacando os civis.

Imagens chocantes foram mostradas pela imprensa de civis mortos com as mãos amarradas para trás, nas ruas de Bucha, próximo a Kiev.

Porém, respondendo ao discurso de Zelensky e tentando se defender, o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse ao Conselho: “Ouvimos mais uma vez uma enorme quantidade de mentiras sobre soldados e militares russos”. 

Mas na realidade, desde o dia 24 de fevereiro, a Rússia está cumprindo o que prometeu, desde que lançou uma “operação militar especial” na Ucrânia para “desmilitarizar e desnazificar” um país que o presidente Vladimir Putin considera um Estado ilegítimo. 

O número de civis ucranianos mortos, até agora, é de 1480, conforme a CNN e pelo menos 2.195 feridos. 

 

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Evangelho cresce no Japão, mas há escassez de missionários: “Quem está disposto a vir?”

Em entrevista ao Guiame, o missionário Adriano Aoki contou os desafios da missão em um dos países mais resistentes ao cristianismo.

FONTE: GUIAME, CÁSSIA DE OLIVEIRA

Batismo nas águas da AD Tsurugashima Japan em 2021. (Foto: Adriano Aoki).

Nos últimos anos, o Japão, um dos países mais resistentes ao Evangelho, está experimentando um crescimento do cristianismo através dos chamados missionários dekasseguis (descendentes de japoneses que migram para trabalhar temporariamente no país), incluindo brasileiros.

Os dados oficiais não apontam para um crescimento expressivo do número de igrejas — em 2009, havia 4,3 mil organizações ativas, apenas 400 a menos que em 2019. No entanto, fora das estatísticas, imigrantes impulsionaram uma onda de novas igrejas evangélicas brasileiras.

O pastor Adriano Aoki, um brasileiro da terceira geração na linhagem japonesa de sua família, é um desses missionários que está pregando o Evangelho nas terras áridas do Japão. Em 2012, Aoki e a esposa Talita desembarcaram no país asiático como missionários, cumprindo a chamada de Deus feita desde sua infância.

“Aos 4 anos de idade, meus pais recebem de Deus uma promessa sobre o Japão, envolvendo toda nossa família para este campo missionário”, contou Adriano em entrevista exclusiva ao Guiame.

Os missionários Adriano e Talita Aoki estão no Japão desde 2012. (Foto: Adriano Aoki).

Renunciando uma vida estável e bem sucedida no Brasil, o missionário se mudou repentinamente com a esposa para o Japão. 

“Já tinha 2 anos de casado, pronto para iniciar minha pós-graduação e em breve assumir a supervisão do setor onde trabalhava. Em uma noite, meu coração fecha completamente para o Brasil e o Senhor fala comigo que era hora de regressar ao Japão, mas dessa vez para realizar sua obra”, lembra Adriano. 

Como descendente japonês, ele já havia morado no país a trabalho, como todo dekassegui. Porém, hoje, Aoki já não se considera mais um missionário dekassegui, porque fez do Japão sua casa e missão definitiva. Em 2019, sua filha Arisa nasceu na Terra do Sol Nascente.

Adriano lidera a Assembleia de Deus Japan, na cidade de Tsurugashima, na região metropolitana de Tokyo, uma igreja missionária da AD Ministério do Belém de Ribeirão Preto (SP). 

Barreiras culturais e desafios no campo missionário

O evangelismo dos japoneses nativos ainda é um grande desafio. (Foto: Adriano Aoki).

Em sua experiência missionária no arquipélago japonês, o pastor Adriano disse que, embora os dekasseguis tenham impulsionado o Evangelho, o número de evangélicos continua baixíssimo. 

Apenas 1% da população é cristã, incluindo católicos, em um país com 125,8 milhões de habitantes. Alguns missionários consideram que os japoneses podem ser classificados como um povo não alcançado.

“Há uma expansão do Evangelho, pessoas se convertendo ao Senhor, japoneses se convertendo, mas ainda o percentual é muito pequeno. As conversões maiores aqui são entre estrangeiros”, explicou o missionário.

Assim como a maioria das igrejas evangélicas no Japão, a congregação de Aoki é formada em sua maioria por descendentes brasileiros e imigrantes bolivianos e peruanos. A evangelização dos japoneses nativos é um grande desafio para os missionários. 

Adriano explica que embora exista liberdade religiosa, os japoneses ainda são muito fechados para o Evangelho devido a barreiras históricas e culturais. “Em séculos passados, o cristianismo foi banido do Japão por algumas vezes, e muitos para não serem perseguidos na época, se introduziram no budismo, xintoísmo e de forma secreta, professavam sua fé”, afirmou.

Segundo o teólogo Luiz Sayão, entre os japoneses há um sentimento de suspeita em relação à fé cristã, porque na história do país o cristianismo foi visto como estratégia de conquista. No século 16, os jesuítas chegaram ao arquipélago na época do colonialismo europeu. Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos, uma nação cristã, lançou uma bomba na cidade de Hiroshima, matando 80 mil pessoas instantaneamente. 

“Marcado pela cultura ocidental, o cristianismo é visto como estrangeiro, bom para os outros e não para o Japão”, ressaltou Sayão, em postagem no Instagram.

O pastor Aoki cita outras duas razões culturais para a falta de abertura dos japoneses para o cristianismo: o idioma e a religião pagã. 

“A língua japonesa ainda é uma grande barreira enfrentada por muitos missionários aqui. Diferente da língua portuguesa, aqui há três formas de escritas e a linguagem que é usada no trabalho secular é diferente para o uso da pregação do Evangelho, que é uma linguagem altamente polida e difícil, que até japoneses têm dificuldades para compreender”, destacou Adriano.

Ao Deus desconhecido do Japão

O evangelismo dos japoneses nativos ainda é um grande desafio. (Foto: Adriano Aoki).

Segundo o missionário, a cultura religiosa pagã é predominante em todo arquipélago, principalmente do budismo e xintoísmo. Segundo o Shukyo Nenkan de 2019, o relatório religioso anual da Agência de Assuntos Culturais do Japão, há 84 mil organizações xintoístas (46,9%) e 77 mil budistas (42,6%).

“Desde criança, os japoneses têm o costume de ir aos templos xintoísta e budista pelo menos uma vez ao ano (1° de Janeiro) para pedir um ano próspero, e mantém a tradição do culto aos mortos”, afirmou.

No Japão, é comum as casas terem altares para os familiares falecidos, onde deixam comida e rezam, acreditando que os entes ainda estão em seus lares. O país com um dos maiores índices de suicídio do mundo, ligados a pressão social por sucesso, também sofre pressão espiritual, segundo Aoki. 

“Há uma pressão emocional muito grande, o dia a dia aqui é muito corrido, as cargas elevadas de trabalho, apesar de ter sofrido algumas alterações. A pressão familiar também é muito grande. Nas famílias japonesas são frios e duros. Não há um calor afetivo como vemos entre as famílias brasileiras”, relata.

O líder acrescentou que apenas em 2021, foram registrados 20.830 suicídios, uma média de 57 por dia.  

“Vez ou outra recebo notícias de que algum japonês se jogou na linha do trem. Não é só saúde emocional, o Japão tem uma pressão espiritual muito grande, quem vive aqui sabe. Nas fábricas, no ambiente de trabalho, com frequência os japoneses dizem que vêem ‘obakês’ (fantasmas). Orem pelo Japão. Tudo isso tem afetado o emocional dos japoneses”, destacou o missionário.

Aoki também cita que a evangelização pessoal também é um dos desafios para os missionários, devido a cultura mais reservada do povo japonês. Antes de apresentar o Evangelho, é preciso primeiro construir a confiança e uma amizade com o não crente. 

“E mesmo assim, não é fácil convertê-lo a Cristo. Até hoje, cultivo a amizade de 5 anos com um nativo, falo de Jesus pra ele, leio a Bíblia em japonês, prego, mas ainda não houve uma conversão, mas Deus está trabalhando”, contou.

“Introduzir o Evangelho para os japoneses é um grande desafio, somente o Espírito Santo para conceder momentos especiais e estratégicos para falar do amor de Deus. Semelhante a ocasião do apóstolo Paulo no Areópago, quando disse: ‘Ao Deus Desconhecido'. Esse desafio está sendo superado com a ajuda de Deus”, avaliou Adriano.

Escassez de missionários e alto custo de vida

Culto da AD Tsurugashima Japan. (Foto: Adriano Aoki).

Ao contrário do que muitos imaginam, a vida de um missionário no Japão não é mais fácil por estar em um país desenvolvido. Adriano destaca que um dos maiores desafios do campo é a escassez de obreiros capacitados para o trabalho missionário.

“O Japão é carente urgentemente de obreiros integrais”, revelou. “Na maioria das vezes, o missionário é o que faz absolutamente tudo: a locação do templo, abre a igreja, organiza o local do culto, arruma o som e projetor. Quando sabe tocar algum instrumento ele toca, canta, prega, colhe a oferta, limpa o local e ainda é o último a sair. Além de outras atividades eclesiásticas que precisa realizar para atender o trabalho do Senhor”.

Segundo o líder, existem aqueles que ajudam, porém não possuem muita disponibilidade por causa do trabalho, somado ao despreparo teológico em missões transculturais, que também é um problema comum no Japão. 

A falta de missionários é uma consequência do alto custo de vida, fazendo com que muitas igrejas não consigam manter um obreiro integral no país asiático. O pastor Adriano conta que muitos missionários precisam trabalhar longas jornadas. 

"O investimento financeiro para o sustento do missionário é quase zero. Por isso, muitos de nós trabalhamos de 10 a 12 horas por dia para nos manter aqui, sem isso é impossível. Há trabalhos aqui que mantém obreiros integrais, mas o número é mínimo e é desafiador”, explica.

Trabalhando em uma fábrica para sustentar a família, Aoki também fez do trabalho seu campo missionário. “São de 11h a 12h de trabalho diário. É bem cansativo, mas é um local onde estamos em contato direto com os nativos e de outras nacionalidades, em algum momento sempre tenho oportunidade de falar de Jesus”.

Nova geração e esperança de crescimento

O missionário Adriano e membros da igreja durante evangelismo na rua. (Foto: Adriano Aoki).

As inúmeras dificuldades culturais e financeiras não tem desanimado os missionários no Japão. Com perseverança e graça, eles continuam semeando a Palavra em solo japonês. 

"Nós missionários da igreja brasileira estamos somando forças para evangelizar a fim de que o Japão conheça o Senhor Jesus Cristo, pois é tudo que eles precisam”, comentou Adriano.

Aoki disse que acredita em um grande avanço no Evangelho no país para os próximos anos, através da nova geração de cristãos, que está ajudando a ultrapassar as barreiras da língua e da cultura na evangelização.

“Há uma nova geração surgindo, filhos de missionários que hoje falam japonês fluentemente, estão nas escolas e universidades. Temos visto um grande mover de Deus para os próximos anos. Cremos que Deus há de salvar os nativos desta nação”, declarou o líder.

Por fim, o missionário Adriano Aoki faz um chamamento aos cristãos brasileiros: “Continuem orando pelo Japão, não só orem, mas faço um apelo: aceitem o desafio de virem ao Japão para fazer missões. Quem está disposto a abrir mão e vir pra cá atender o chamado de Deus?”.

 

sexta-feira, 1 de abril de 2022

Igreja socorre refugiados ucranianos e afegãos: “Devemos mostrar a graça de Deus”

Luiz Sayão explica que o amor incondicional “abre a mente e o coração das pessoas para receber o Evangelho”.

FONTE: GUIAME, CRIS BELONI

Igreja onde os refugiados estão sendo socorridos, na Polônia. (Foto: Arquivo pessoal/Luiz Sayão)

Depois da invasão russa à Ucrânia, a Igreja espalhada em várias partes do mundo se mobilizou, mais uma vez, para estender a mão aos refugiados. É o caso da IBNU (Igreja Batista Nações Unidas), liderada pelo pastor e hebraísta Luiz Sayão.

Em entrevista ao Guiame, ele falou sobre a importância da ação humanitária nos dias atuais. Em parceria direta com a JMM (Junta de Missões Mundiais) e a Missão Esperança, o pastor revela que a IBNU tem enviado recursos para os irmãos ucranianos.

“Já levantamos uma quantidade significativa de recursos e enviamos para a fronteira entre Ucrânia e Polônia. O nosso parceiro Anatoliy Shmilikhovskyy tem coordenado a ajuda aos refugiados por lá, enviando alimentos e ajuda essencial para a Ucrânia”, contou.

Pastor Luiz Sayão e o missionário Anatoliy Shmilikhovskyy, na Igreja Batista Central de Lviv, 2018. (Foto: Arquivo pessoal/Luiz Sayão)

Socorro aos ucranianos

O pastor mencionou que alguns membros da IBNU foram deslocados para a fronteira a fim de socorrer os mais necessitados por causa da guerra. 

Ele explica que os laços com a Igreja na Ucrânia são fortes porque a IBNU já realiza trabalhos no leste europeu há vários anos. 

“Nós apoiamos o trabalho feito ali com o treinamento de pastores e líderes, por isso o que está acontecendo aos ucranianos é uma questão forte para nós”, compartilhou. 

Como a maior parte dos refugiados ucranianos está se estabelecendo na Europa, a IBNU está focada no envio de recursos e voluntários para lá. 

O missionário ucraniano Anatoliy, que é apoiado pela IBNU, disse durante uma live com o pastor Sayão e seu filho Israel Sayão, que a Ucrânia passa por um momento sombrio. “Sabemos que demônios estão atuando”, disse.

‘Deus endureceu o coração de Putin’

Diante da catástrofe humanitária e das cenas terríveis, o missionário explica que os russos não estão cientes de tudo. 

“Na TV nacional russa não passa nada disso. O povo não sabe o que está acontecendo na Ucrânia. Eles estão achando que o ‘libertador’ Putin está liberando a Ucrânia dos nazistas. Só a população que tem acesso à internet, que é uma minoria, entende a situação”, revelou. 

“Como ucraniano, às vezes, tenho vontade de pegar numa arma, mas o meu coração foi alcançado pela graça de Cristo e eu entendo que o Putin é um pecador como eu e precisa dessa graça também”, reconheceu.

Anatoliy, porém, mencionou um episódio relatado no livro de Gênesis, quando Deus endureceu o coração do faraó, atribuindo o mesmo ao caso de Putin. “Eu não sei explicar isso do ponto de vista teológico, mas do ponto de vista prático, eu pergunto: Senhor, até quando?”, refletiu. 

Para ele, essa guerra só vai parar se acontecer uma dessas três coisas: “Se o Putin morrer, se o povo bater na porta do Putin e exigir que ele pare ou se Deus fizer um milagre”. 

Mas o missionário também apontou para uma esperança. “No meio da escuridão sempre aparece uma luz. Vemos pessoas se mobilizando para ajudar e isso nos traz esperança”, manifestou. 

Refugiados afegãos continuam precisando de ajuda

Embora a imprensa esteja focada em mostrar a guerra entre Ucrânia e Rússia, a Igreja não se esqueceu que o Afeganistão continua em agonia.

Depois que o Talibã tomou o poder, em agosto de 2021, notícias de atrocidades e crimes de guerra não param de chegar. 

Os cristãos afegãos estão sendo “caçados” e perseguidos violentamente. Ativistas de direitos humanos alertam que os talibãs parecem bem dispostos a cometer genocídio contra os seguidores de Cristo e minorias religiosas, em nome de Alá.

Refugiados afegãos na IBNU. (Foto: Reprodução/Instagram Luiz Sayão)

Sayão conta que a IBNU se envolveu com a questão dos refugiados afegãos desde o início. “Continuamos na missão de trazer famílias afegãs para o Brasil, através de ajuda humanitária e jurídica, até que essas pessoas possam organizar suas vidas”, disse. 

“Devemos mostrar a graça de Deus de maneira concreta, através do amor incondicional. Devemos ajudar sem esperar nada em troca”, continuou ao explicar que a ajuda alcança cristãos e não cristãos. “Isso abre a mente e o coração das pessoas para receber o Evangelho”, concluiu.