O presidente acredita que os próprios cidadãos serão os representantes das Forças Armadas ou da Guarda Nacional em todas as instituições.
FONTE: GUIAME, COM
INFORMAÇÕES DE JERUSALÉM POST E CNN
De acordo com o presidente
ucraniano, Volodymyr
Zelensky, a Ucrânia planeja seguir o modelo
de Israel e disse que o país não será desmilitarizado.
Ele já se dirigiu a 19 parlamentos
globais, conforme a CNN, e deu essa declaração na terça-feira (5), se mostrando
confiante: “Acho que todo o nosso povo será nosso grande
exército”.
“Definitivamente, nos tornaremos
um ‘grande Israel’, com seu próprio rosto”, ele acredita e explica que é
possível que os cidadãos
ucranianos sejam os representantes das Forças Armadas ou da Guarda
Nacional em todas as instituições.
“Haverá pessoas com armas até nos
supermercados e cinemas. Tenho certeza de que nossa questão
de segurança será prioridade nos próximos dez anos”, disse.
Resistência e ajuda de outros
países
Zelensky enfatizou que a Ucrânia
resistiu persistentemente às exigências russas de desmilitarização. “Porém,
ainda é necessário que haja países fornecendo garantias de segurança”, disse ao
incluir Israel em sua lista.
“Tudo isso está sendo discutido
com conselheiros e líderes da França, Estados Unidos, Turquia, Reino Unido,
Polônia, Itália, Israel, e muitos amigos que querem participar”, disse o
presidente.
“Até agora, não recebemos uma
lista específica de garantias ou uma lista de países que estão prontos
para se juntar a nós 100%”, continuou ao sinalizar que a Ucrânia
precisa de um pequeno círculo de estados prontos
para ajudá-la com suas necessidades defensivas.
“Precisamos de ‘jogadores’ sérios
que estejam prontos para fornecer qualquer arma dentro de 24 horas. Precisamos
de países com a política de sanções e que sejam elaboradas com antecedência”,
explicou.
Crimes de guerra e número de
mortos
Zelensky conversou com a mídia
pouco antes de seu discurso no Conselho de Segurança da ONU, onde acusou a
Rússia de crimes
de guerra e pediu sua expulsão do conselho de 15 membros.
A Rússia é um dos cinco membros
permanentes do conselho e, como tal, tem poder de veto e o usou para bloquear
qualquer ação do Conselho contra sua invasão
à Ucrânia, de acordo com o Jerusalem Post.
“Estamos lidando com uma nação
que transforma seu veto no direito de matar. A Rússia quer transformar o povo
da Ucrânia em escravos silenciosos”, denunciou Zelensky.
Conforme Lyudmyla Denisova,
provedora de direitos humanos na Ucrânia, cerca de 150 a 300 corpos podem estar
em uma vala comum, perto de uma igreja em Bucha [cidade ucraniana]. Mas, Moscou
nega estar atacando os civis.
Imagens chocantes foram mostradas
pela imprensa de civis
mortos com as mãos amarradas para trás, nas ruas de Bucha, próximo
a Kiev.
Porém, respondendo ao discurso de
Zelensky e tentando se defender, o embaixador da Rússia na ONU, Vassily
Nebenzia, disse ao Conselho: “Ouvimos mais uma vez uma enorme quantidade de
mentiras sobre soldados e militares russos”.
Mas na realidade, desde o dia 24
de fevereiro, a Rússia está cumprindo
o que prometeu, desde que lançou uma “operação militar especial” na
Ucrânia para “desmilitarizar e desnazificar” um país que o presidente Vladimir
Putin considera um Estado ilegítimo.
O número de civis ucranianos
mortos, até agora, é de 1480, conforme a CNN e pelo menos 2.195 feridos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário