A mudança política anunciada pelos EUA representa mais um sinal de apoio ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA REUTERS
Presidente americano Donald Trump em ligação com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca,
em 23 de outubro de 2020. (Foto: Win McNamee/Getty Images/AFP)
Os americanos nascidos em Jerusalém agora poderão listar Israel como local de nascimento em seus passaportes, anunciou o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, na quinta-feira (29). Este é mais um passo de Washington em direção ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
Está é a última mudança política pró-Israel anunciada pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump, antes das eleições na próxima semana.
“Consistente com a política do presidente, estou feliz em anunciar que os cidadãos americanos nascidos em Jerusalém agora podem listar seu local de nascimento como 'Jerusalém' ou 'Israel' em seus passaportes”, disse Pompeo em comunicado.
Cinco anos atrás, quando o ex-presidente Barack Obama estava na Casa Branca, a Suprema Corte dos EUA derrubou uma lei que permitiria que os americanos nascidos em Jerusalém tivessem Israel como país de nascimento em seus passaportes, dizendo que isso poderia infringir ilegalmente os poderes presidenciais na definição da política externa.
O status de Jerusalém, cidade sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos, está entre as tensões no conflito israelense-palestino. Em 2017, Trump reverteu décadas de política dos EUA e reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, contrariando o consenso da comunidade internacional.
Pompeo disse que a decisão de permitir que cidadãos americanos nascidos em Jerusalém optem por ter Israel ou Jerusalém como seu local de nascimento foi “consistente” com a proclamação de Trump em 2017.
A decisão dos EUA gerou críticas entre palestinos, que querem a parte oriental de Jerusalém como capital do futuro Estado.
“O Trump está tentando anular os direitos palestinos”, disse Wasel Abu Youssef, da Organização para a Libertação da Palestina, à Reuters, acusando o presidente dos EUA de tentar “encorajar evangélicos e judeus americanos a votar nele”.
Na quarta-feira, o governo Trump suspendeu a proibição do uso dos impostos americanos em pesquisas científicas conduzidas por Israel em seus assentamentos na Cisjordânia.
O governo Trump também ajudou a estabelecer laços entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão. Os acordos de paz com os países árabes “levaram ao enfraquecimento das fileiras árabes”, acrescentou Abu Youssef.