quarta-feira, 31 de julho de 2024

Principal líder do Hamas é morto e Irã ameaça retaliar Israel

O grupo terrorista palestino Hamas lamentou a morte do líder Ismail Haniyeh, morto poucas horas após a posse do novo presidente do Irã.

Fonte: Guiame, com informações da Reuters e Jerusalem Post

Ismail Haniyeh foi assassinado em Teerã. (Foto: Wikipedia)

Na manhã desta quarta-feira (31), o Hamas anunciou a morte de Ismail Haniyeh, de 62 anos, também conhecido como “Abu Al-Abd”, que era o líder e principal figura do grupo terrorista palestino.

O Hamas lamentou a morte de Haniyeh, alegando que Israel está por trás da morte e que o líder foi vítima de "um ataque sionista traiçoeiro à sua residência em Teerã."

Embora Israel não tenha reivindicado a responsabilidade pela morte do líder terrorista, o incidente está provocando ameaças de retaliação contra Israel em uma região já devastada pela guerra em Gaza e por um conflito cada vez mais intenso no Líbano.

Na terça-feira (30), as Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram que Muhsin Shukr, também conhecido como Fuad Shukr, líder e comandante do grupo terrorista libanês Hezbollah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, capital do Líbano.

Coração do Irã

Segundo analistas, o local e o momento do assassinato de Haniyeh podem ter um significado profundo. O líder foi morto no coração do Irã, pouco depois de participar da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, que assumiu o cargo após a morte de Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero em maio.

O vice-presidente Geraldo Alckmin viajou ao Irã, para representar o Brasil, a pedido do presidente Lula, segundo o Globo.

Ele foi fotografado junto a outros representantes estrangeiros e aparece em um vídeo ao lado do chefe do Hamas poucas horas antes do assassinato de Haniyeh.

Detalhes reportados

De acordo com uma declaração do IRGC (Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica), a força militar de elite do Irã, Haniyeh foi morto juntamente com seu guarda-costas na capital do país.

A Al-Arabiya, rede de notícias em árabe baseada na Arábia Saudita, informou que a morte do líder aconteceu por volta das 2h da manhã desta quarta-feira.

"Com condolências à heroica nação da Palestina, à nação islâmica, aos combatentes da Frente de Resistência e à nobre nação do Irã, informamos que nesta manhã [quarta-feira], a residência do Sr. Dr. Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, resultando no martírio dele e de um de seus guarda-costas", afirmou o comunicado do IRGC.

"Na madrugada desta manhã, a residência de Ismail Haniyeh em Teerã foi atingida, resultando no martírio dele e de um de seus guarda-costas. A causa está sob investigação e será anunciada em breve."

O site de notícias Al Mayadeen, afiliado ao Hezbollah, afirmou que Israel o eliminou.

Segundo o Jerusalém Post, até agora Israel não comentou os relatos.

Musa Abu Marzouk, um membro sênior do escritório político do Hamas, advertiu que a eliminação de Haniyeh "não passará em silêncio".

Quem é Ismail Haniyeh?

Ismail Haniyeh, foi primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina. Ele nasceu num dos campos de refugiados palestinos.

Atualmente, é o chefe do gabinete político do Hamas. Antes, em 1989, Israel o prendeu por três anos. Depois, ele foi para o exílio com vários líderes do Hamas em Marj al-Zuhur, na fronteira entre o Líbano e a Palestina, onde passou um ano inteiro em 1992.

Recentemente, três de seus filhos morreram em um ataque aéreo em abril, e sua irmã foi eliminada no mês passado.

A residência de Haniyeh em Gaza, que era usada como infraestrutura terrorista, foi alvo de um ataque aéreo do exército de Israel em novembro.

Haniyeh vivesse exilado no Catar, e sua propriedade em Gaza era sendo utilizada como ponto de encontro para outros membros da liderança do Hamas.

Reações à morte de Haniyeh

O ministro do Patrimônio de Israel, Amichay Eliyahu, comentou no X em resposta à notícia:

"Esta é a maneira certa de eliminar essa ameaça. Chega de acordos fictícios de 'paz' ou rendição; não há mais espaço para misericórdia com esses inimigos."

"A mão de ferro que os atingirá é a mesma que trará paz e um pouco de conforto, além de fortalecer nossa capacidade de viver em paz com aqueles que desejam a paz.”

"A morte de Haniyeh torna o mundo um pouco melhor."

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Apenas cristãos evangélicos leem a Bíblia regularmente na Alemanha, revela pesquisa

De acordo com os dados da pesquisa, a Geração Z é a mais interessada em abrir as Escrituras.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO EVANGELICAL FOCUS

Tendência de maior interesse pela fé cristã apareceu entre as gerações mais jovens. (Foto: Unsplash/Aaron Owens)

Uma pesquisa recente realizada na Alemanha pela empresa Insa-Consulere para a agência de notícias Idea revela que 68% da população "nunca lê a Bíblia" (78% na Alemanha Oriental e 66% na Alemanha Ocidental). Outros 15% afirmaram ter lido a Bíblia em algum momento nos últimos meses.

Segundo a pesquisa, realizada em maio de 2024, apenas 5% dos alemães têm uma rotina diária de leitura da Bíblia, enquanto outros 4% afirmam ler as Escrituras uma vez por semana ou mais.

Esses números são melhores do que os de uma pesquisa aprofundada da Universidade de Leipzig, publicada em 2023, que concluiu que, embora mais da metade dos alemães possua uma Bíblia, apenas 1,6% a lê diariamente.

Esse relatório também destacou um "surpreendentemente baixo uso entre protestantes e católicos" no país que viu o nascimento da Reforma Protestante.

Jovens mais interessados ​​na Bíblia

Na pesquisa Insa-Consulere, a faixa etária que respondeu mais positivamente à questão da leitura diária da Bíblia foi a dos jovens entre 18 e 29 anos. Nessa faixa, 11% afirmaram ler a Bíblia diariamente e 8% semanalmente. No entanto, pouco mais da metade (56%) disse que nunca a lê.

Essa tendência de maior interesse pela fé cristã entre as gerações mais jovens também apareceu em outras estatísticas recentes na Alemanha.

Além disso, pesquisas sobre a geração Z (aqueles nascidos depois de 1997) indicam um aumento na prática da oração e na frequência à igreja em países como França, Grã-Bretanha, Holanda e Hungria. Na Finlândia, o número de jovens que frequentam a igreja mais que dobrou em menos de uma década.

Católicos, protestantes e evangélicos livres

A pesquisa do Insa-Consulere sobre a Alemanha, no entanto, mostra que 61% dos que se autodenominam católicos romanos confessam nunca ler a Bíblia (muito próximo da média geral).

Os que se identificam como protestantes tradicionais e dizem que nunca abrem as Escrituras são 57%.

De acordo com os dados, os católicos romanos (39%) e protestantes tradicionais (43%) leem mais a Bíblia.

As respostas variam significativamente apenas entre os entrevistados que se identificam como cristãos evangélicos livres. Dentre esses, apenas 15% afirmam que "nunca leem a Bíblia", enquanto mais de um terço declara lê-la diariamente. Além disso, 20% relatam ler a Bíblia uma vez por semana.

A pesquisa, na qual mais de 2.000 adultos foram entrevistados, apontou também que os eleitores dos partidos tradicionais de centro-direita e centro-esquerda leem a Bíblia um pouco mais do que os eleitores de partidos mais nos extremos do espectro político.