segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Selo encontrado em Israel pode provar existência de guerreiro de Davi

O selo de uma pedra rara do primeiro período do Templo foi descoberto em Jerusalém.


Fonte: Guiame, com informações de Israel Antiquities Authority

O selo do período do Primeiro Templo. (Fotos: Emil Aladjem, Autoridade de Antiguidades de Israel)

Com a descoberta de um selo de pedra extremamente raro e incomum, datado do período do Primeiro Templo, pesquisadores confirmaram a existência de um guerreiro do rei Davi.

O objeto foi encontrado durante escavações realizadas pela Autoridade de Antiguidades de Israel e pela organização Cidade de David perto da Muralha Sul do Monte do Templo, no Jardim Arqueológico de Davidson.

No objeto, a figura foi retratada com asas, cachos soltos no pescoço e um capacete em forma de coroa. Um braço se estende para a frente, com a palma aberta, talvez segurando um objeto.

Flanqueando esta figura está uma inscrição em escrita paleo-hebraica que diz “LeYehoezer ben Hoshayahu”. O arqueólogo Corey East explicou que a inscrição significa “Joazir filho de Josias”.

“O nome Yeho'ezer ou “Joazir” é encontrado em sua forma hebraica abreviada na Bíblia como Yo'ezer em 1 Crônicas 12:7. Ele é um dos homens poderosos do Rei Davi. Isso mostra que o nome estava em uso desde a época de Davi até a época da conquista neo-assíria de Israel. É possível que os nomes paleo-hebraicos tenham sido adicionados após a gravura do gênio, uma vez que são feitos de forma mais grosseira”, explicou ele ao Answers In Genesis.

Os pesquisadores acreditam que o objeto, que originalmente exibia a imagem de um demônio de forma isolada, era usado como amuleto ao redor do pescoço de um homem chamado Hosh ʼayahu, um oficial de alto escalão na administração do Reino de Judá.

Por causa de sua autoridade e status, Hosh ʼayahu acreditava que o objeto de proteção e proteção simbolizava seu poder. Com seu elevado status e influência, ele se sentiu no direito de ampliar o significado do selo, adicionando uma figura imponente para fortalecer ainda mais sua importância e autoridade dentro do reino.

A partir daí, o selo passou de um simples amuleto a um símbolo mais elaborado de sua posição na sociedade judaica.

‘A arqueologia confirma a Palavra de Deus’

Conforme o Israel Antiquities Authority, a hipótese é que, após a morte de Hosh ʼayahu, seu filho Yeho ʼezer herdou o selo e então colocou seu nome e o do pai em ambos os lados da imagem do demônio. Ele provavelmente fez isso para se beneficiar das qualidades mágicas que acreditava que o talismã possuía.


Este poderia ter sido um selo de aristocrata que ele usava para marcar documentos importantes, mas é interessante que estes sejam nomes hebraicos com uma imagem neo-assíria. É lindo como mais uma vez o relato bíblico é confirmado por esta nova descoberta em Jerusalém.

“É emocionante como a arqueologia está constantemente confirmando o que esperaríamos quando começamos com a Palavra de Deus”, concluiu o arqueólogo.

Por fim, o Ministro da Herança Israelita, Rabino Amichai Eliyahu disse: “O espetacular e único achado descoberto nas escavações da Autoridade de Antiguidades de Israel e da Cidade de David nos abre outra janela para os dias do Reino de Judá durante o período do Primeiro Templo, e atesta as conexões internacionais daquela administração”.

“Ao fazê-lo, demonstra a importância e a centralidade de Jerusalém já há 2700 anos. É impossível não se emocionar por um encontro tão direto com um capítulo do nosso passado, um tempo em que o Primeiro Templo permaneceu em toda a sua glória”, concluiu ele.

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Arqueólogos descobrem selo de 2.700 anos que confirma papel bíblico de Jerusalém

No selo, descoberto perto do Muro das Lamentações e da Cidade de Davi, aparece uma figura alada e um nome hebraico inscrito na escrita paleo-hebraica.

Fonte: Guiame, com informações da Fox News

No selo aparece uma figura alada e um nome hebraico inscrito na escrita paleo-hebraica. (Foto: Eliyahu Yanai, Cidade de Davi)

Arqueólogos no Parque Nacional da Cidade de Davi, em Israel, descobriram um raro selo de pedra datado do período do Primeiro Templo.

Essa é uma das descobertas mais antigas desde o início das escavações no país, confirmando o papel bíblico de Jerusalém há 2.700 anos.

"O selo, feito de pedra negra, é um dos mais belos já descobertos em escavações na antiga Jerusalém e foi elaborado com o mais alto nível artístico", disseram o Dr. Yuval Baruch e Navot Rom, diretores das escavações, em um comunicado à imprensa.

Baruch elogiou a peça como evidência de habilidades de leitura e escrita mais avançadas do que se imaginava para a época.

"Contrariamente ao que se pode pensar comumente, parece que a alfabetização neste período não era exclusiva da elite da sociedade", argumentou Baruch. "As pessoas sabiam ler e escrever – pelo menos no nível básico, para atender às necessidades do comércio."

"A figura de um homem alado em um estilo neo-assírio distinto é única e muito rara nos estilos gráficos do final do período do Primeiro Templo," acrescentou. "A influência do Império Assírio, que havia conquistado toda a região, é claramente evidente aqui."

Império Neo-Assírio

O selo retrata um gênio alado no estilo do Império Neo-Assírio, o que, segundo a equipe de escavação, demonstra a influência do império na região nos séculos VII e VIII. O comunicado à imprensa informa que a figura "ergue um braço para frente, com a palma aberta, talvez para sugerir algum objeto que está segurando. De ambos os lados da figura, uma inscrição está gravada em escritura paleo-hebraica – 'LeYehoʼezer ben Hoshʼayahu'."

O comunicado continua: "O nome Yehoʼezer é familiar para nós da Bíblia (1 Crônicas 12:7) em sua forma abreviada – Yoʼezer, um dos combatentes do rei Davi." Também menciona que "no livro de Jeremias (43:2), que descreve os eventos deste mesmo período, é citado um indivíduo com um nome paralelo, ʼAzariah ben Hoshʼaya.

As duas partes de seu primeiro nome estão escritas na ordem inversa em relação ao nome do proprietário do selo, e seu segundo nome é o mesmo, aparecendo em sua forma abreviada. Esse formato de escrita no texto corresponde ao nome no selo recém-descoberto e é, portanto, apropriado para este período."

‘Descoberta única’

Ze'ev Orenstein, diretor de Assuntos Internacionais da Fundação Cidade de Davi, disse ao Fox News Digital que "essa descoberta única se junta à lista de inúmeras descobertas arqueológicas na Cidade de Davi – o local histórico de Jerusalém bíblica – afirmando o legado bíblico de Jerusalém."

Visão geral do local de escavação no Parque Nacional da Cidade de David em Jerusalém. (Foto: Autoridade de Parques e Natureza de Israel)

"Da mesma forma, serve como mais uma confirmação do vínculo de milênios que une o povo judeu a Jerusalém – não apenas como questão de fé, mas como questão de fato", afirmou ele.

O arqueólogo e assiriólogo da Autoridade de Antiguidades de Israel, Dr. Filip Vukosavovic, declarou que a descoberta é "extremamente rara e incomum" e marca a primeira vez que um artefato desse tipo é encontrado em escavações em Israel e na região.

"Figuras de demônios alados são conhecidas na arte neo-assíria dos séculos IX a VII a.C., e eram consideradas um tipo de demônio protetor," disse Vukosavovic sobre o objeto.

Contexto cultural

Os especialistas concluíram que o proprietário do selo escolheu essa representação específica como insígnia porque acreditava que ela se "encaixava no contexto cultural mais amplo".

"Nos últimos anos, as evidências arqueológicas têm aumentado – especialmente nas escavações da Cidade de Davi e na base do Monte do Templo – fornecendo informações sobre a extensão da influência da cultura assíria em nossa região, e especialmente em Jerusalém", disse Baruch.

Os pesquisadores acreditam que o objeto foi usado como um amuleto pendurado no pescoço de um homem de posição sênior na administração do Reino de Judá. Essa conclusão é baseada no furo na peça, provavelmente para fixá-la a uma corda, e no alto nível artístico exigido para sua produção.

O ninistro do Patrimônio de Israel, Rabino Amichai Eliyahu, elogiou a peça como uma "descoberta espetacular e única" que "abre uma nova janela para os dias do Reino de Judá... e atesta as conexões internacionais da administração."

"Isso demonstra a importância e a centralidade de Jerusalém já há 2.700 anos", disse Eliyahu. "É impossível não se emocionar com um encontro tão direto e imediato com um capítulo do nosso passado, uma época em que o Primeiro Templo estava em toda a sua glória."

A equipe da Cidade de Davi exibirá o selo ao público na próxima semana, em Jerusalém, durante dois dias da conferência anual de pesquisa, nos dias 4 e 5 de setembro.

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Mais de 1.000 pessoas protestam em apoio aos cristãos perseguidos, na Suíça

Manifestantes exibiram bandeiras de países sem liberdade religiosa e colocaram dezenas de cruzes de madeira em frente ao Parlamento suíço.

Fonte: Guiame, com informações do Evangelical Focus


Participantes de manifestação em frente ao Parlamento Federal Suíço em Berna. (Foto: SEA, Sun Foto)

A praça Bundesplatz, em frente ao Parlamento federal da Suíça, em Berna, foi tomada por dezenas de cruzes de madeira no dia 31 de agosto.

Em frente aos portões do Parlamento, uma vala comum simbólica e cerca de 1.000 participantes do protesto "Persecution.now" denunciaram a crescente perseguição por motivos religiosos ao redor do mundo, especialmente contra cristãos.

Pessoas exibem bandeiras de países onde cristãos são perseguidos. (Foto: SEA, Sun Foto)

Segundo o Evangelical Focus, os discursos de duas vítimas de perseguição e de um político foram emocionantes e inspiraram os presentes a agir contra essa violação de direitos humanos, muitas vezes ignorada.

Amin Afsharnaderi, um ex-muçulmano convertido ao Cristianismo, relatou como foi preso duas vezes no Irã devido à sua fé.

Amin Afsharnaderi, natural do Irã, testemunhou seu sofrimento como cristão perseguido. (Foto: SEA, Sun Foto.)

Na primeira vez, ele foi detido durante o Natal na casa do pastor de sua igreja clandestina.

"Fui repetidamente interrogado, insultado, humilhado e pressionado a renunciar à minha fé e a trair outros cristãos. Tenho certeza de que não teria sobrevivido a isso se Jesus Cristo não estivesse comigo", afirmou ele.

Amin Afsharnaderi também destacou que sua história não é isolada: “Os cristãos no Irã vivem sob constante pressão e medo. Eles perdem seus empregos ou suas propriedades por causa de sua fé”.

Tortura e execuções públicas

O segundo orador, cujo nome e país asiático de origem não foram revelados por questões de segurança, também enfrentou prisão e tortura em várias ocasiões. Além disso, ele testemunhou execuções públicas de outras pessoas.

“O cristianismo é percebido como uma ameaça à segurança nacional e cada nova lei visa eliminar os cristãos”, explicou.

Apesar disso, o homem, que agora vive na Europa, continuou dizendo que ainda não foi possível erradicar a fé cristã em seu país.

“Essa fé que perdurou no meu sofrimento, mesmo na cela mais escura da prisão”.

A necessidade de levantar a voz em defesa dos perseguidos

Ambos apelaram aos presentes para que, como cidadãos de um país livre como a Suíça, se posicionassem em defesa daqueles que são perseguidos por sua fé ao redor do mundo.

Pessoas se reúnem em Berna para levantar a voz em favor dos cristãos perseguidos no mundo. (Foto: SEA, Sun Foto)

Eles sugeriram várias formas de apoio: através de orações, convidando pessoas perseguidas para a igreja local, exercendo pressão política sobre governos que violam os direitos humanos ou apoiando organizações dedicadas à liberdade religiosa.

Eles fizeram um apelo especial aos profissionais da mídia, pedindo que utilizassem suas plataformas para trazer à tona o problema da perseguição religiosa.

Informações no Parlamento suíço

Entre os participantes do evento em frente ao parlamento estava Laurent Wehrli, um Conselheiro Nacional (membro da Assembleia Nacional).

Junto com vários colegas parlamentares, ele se mantém regularmente informado sobre a situação dos cristãos em diversos países e faz representações junto às embaixadas envolvidas.

“Entre 2019 e 2023, quase metade dos nossos pedidos foram pelo menos parcialmente atendidos. Dos 54 prisioneiros pelos quais fizemos campanha, 24 foram libertados antecipadamente”, disse ele.

Embora isso possa parecer uma gota no oceano, considerando os 365 milhões de cristãos perseguidos, Laurent Wehrli afirmou estar convencido da importância de "levantar nossas vozes por essas pessoas".

Por fim, ele destacou o privilégio de viver em um país onde liberdades fundamentais, como a liberdade religiosa, são protegidas. Na Suíça, "nossa história é marcada pela convicção cristã de que cada pessoa possui dignidade inerente. Temos a responsabilidade de preservar esses valores".

Cerimônia de luto

Os participantes do protesto, em sua maioria provenientes de igrejas, tiveram a oportunidade de depositar rosas em uma vala comum simbólica na Bundesplatz de Berna ou orar em celas de prisão simuladas.

Elas também puderam expressar sua solidariedade com as pessoas perseguidas por sua fé em todo o mundo.

Uma participante ficou especialmente comovida ao depositar uma rosa perto de uma cruz. Para ela, foi “um sinal tocante para todos aqueles que morreram sozinhos e abandonados por sua fé em Jesus”.