segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Mais de 1.000 pessoas protestam em apoio aos cristãos perseguidos, na Suíça

Manifestantes exibiram bandeiras de países sem liberdade religiosa e colocaram dezenas de cruzes de madeira em frente ao Parlamento suíço.

Fonte: Guiame, com informações do Evangelical Focus


Participantes de manifestação em frente ao Parlamento Federal Suíço em Berna. (Foto: SEA, Sun Foto)

A praça Bundesplatz, em frente ao Parlamento federal da Suíça, em Berna, foi tomada por dezenas de cruzes de madeira no dia 31 de agosto.

Em frente aos portões do Parlamento, uma vala comum simbólica e cerca de 1.000 participantes do protesto "Persecution.now" denunciaram a crescente perseguição por motivos religiosos ao redor do mundo, especialmente contra cristãos.

Pessoas exibem bandeiras de países onde cristãos são perseguidos. (Foto: SEA, Sun Foto)

Segundo o Evangelical Focus, os discursos de duas vítimas de perseguição e de um político foram emocionantes e inspiraram os presentes a agir contra essa violação de direitos humanos, muitas vezes ignorada.

Amin Afsharnaderi, um ex-muçulmano convertido ao Cristianismo, relatou como foi preso duas vezes no Irã devido à sua fé.

Amin Afsharnaderi, natural do Irã, testemunhou seu sofrimento como cristão perseguido. (Foto: SEA, Sun Foto.)

Na primeira vez, ele foi detido durante o Natal na casa do pastor de sua igreja clandestina.

"Fui repetidamente interrogado, insultado, humilhado e pressionado a renunciar à minha fé e a trair outros cristãos. Tenho certeza de que não teria sobrevivido a isso se Jesus Cristo não estivesse comigo", afirmou ele.

Amin Afsharnaderi também destacou que sua história não é isolada: “Os cristãos no Irã vivem sob constante pressão e medo. Eles perdem seus empregos ou suas propriedades por causa de sua fé”.

Tortura e execuções públicas

O segundo orador, cujo nome e país asiático de origem não foram revelados por questões de segurança, também enfrentou prisão e tortura em várias ocasiões. Além disso, ele testemunhou execuções públicas de outras pessoas.

“O cristianismo é percebido como uma ameaça à segurança nacional e cada nova lei visa eliminar os cristãos”, explicou.

Apesar disso, o homem, que agora vive na Europa, continuou dizendo que ainda não foi possível erradicar a fé cristã em seu país.

“Essa fé que perdurou no meu sofrimento, mesmo na cela mais escura da prisão”.

A necessidade de levantar a voz em defesa dos perseguidos

Ambos apelaram aos presentes para que, como cidadãos de um país livre como a Suíça, se posicionassem em defesa daqueles que são perseguidos por sua fé ao redor do mundo.

Pessoas se reúnem em Berna para levantar a voz em favor dos cristãos perseguidos no mundo. (Foto: SEA, Sun Foto)

Eles sugeriram várias formas de apoio: através de orações, convidando pessoas perseguidas para a igreja local, exercendo pressão política sobre governos que violam os direitos humanos ou apoiando organizações dedicadas à liberdade religiosa.

Eles fizeram um apelo especial aos profissionais da mídia, pedindo que utilizassem suas plataformas para trazer à tona o problema da perseguição religiosa.

Informações no Parlamento suíço

Entre os participantes do evento em frente ao parlamento estava Laurent Wehrli, um Conselheiro Nacional (membro da Assembleia Nacional).

Junto com vários colegas parlamentares, ele se mantém regularmente informado sobre a situação dos cristãos em diversos países e faz representações junto às embaixadas envolvidas.

“Entre 2019 e 2023, quase metade dos nossos pedidos foram pelo menos parcialmente atendidos. Dos 54 prisioneiros pelos quais fizemos campanha, 24 foram libertados antecipadamente”, disse ele.

Embora isso possa parecer uma gota no oceano, considerando os 365 milhões de cristãos perseguidos, Laurent Wehrli afirmou estar convencido da importância de "levantar nossas vozes por essas pessoas".

Por fim, ele destacou o privilégio de viver em um país onde liberdades fundamentais, como a liberdade religiosa, são protegidas. Na Suíça, "nossa história é marcada pela convicção cristã de que cada pessoa possui dignidade inerente. Temos a responsabilidade de preservar esses valores".

Cerimônia de luto

Os participantes do protesto, em sua maioria provenientes de igrejas, tiveram a oportunidade de depositar rosas em uma vala comum simbólica na Bundesplatz de Berna ou orar em celas de prisão simuladas.

Elas também puderam expressar sua solidariedade com as pessoas perseguidas por sua fé em todo o mundo.

Uma participante ficou especialmente comovida ao depositar uma rosa perto de uma cruz. Para ela, foi “um sinal tocante para todos aqueles que morreram sozinhos e abandonados por sua fé em Jesus”.

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