domingo, 28 de março de 2010

Bush, Clinton e Obama, Centenário, Dake e Brasília: o que tudo isso tem em comum?


Bush, Clinton e Obama. Logo que o Haiti foi devastado pelo terremoto, Barack Obama reuniu-se com os ex-presidentes George W. Bush e Bill Clinton e criou um fundo, que leva o nome de ambos, para ajudar na reconstrução do país. Li ontem que já foram arrecadados 36 milhões de dólares em doações e que antes de ontem, dia 22 de março, Bush e Clinton estiveram no Haiti “para encorajar investimentos internacionais no país”.

Os ex-presidentes norte-americanos esposam ideologias distintas, tanto quanto a política de Barack Obama não é a mesma de George W. Bush. No entanto, por uma causa maior, o que é próprio da cultura americana, os três se deram as mãos e trabalham pela reconstrução do Haiti sem que tenham alterado os princípios que defendem ou cessado entre eles as divergências.

Centenário. O que isso tem a ver com o Centenário da AD no Brasil? Sabe-se que as divergências extremamente polarizadas entre os líderes, como já exposto aqui e em outros blogs, vislumbram uma celebração dividida caso não haja uma atitude que reverta o atual quadro pela qual temos lutado e lançamos a campanha pela unidade no Centenário.

Será que o exemplo que acabei de citar, de Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton, não é capaz de levar os nossos líderes a pensarem que os 100 anos das Assembleias de Deus é uma causa muito maior do que qualquer divergência pontual ou instititucional? Temos muito mais razões para isso, olhando-se sob a perspectiva bíblica e cristã, porque a nossa justiça deve exceder a de qualquer outro espectro da sociedade.

Dake. Há também lugar para a Dake nessa história. Afinal, uma causa soberana uniu o atual presidente e os ex-presidentes norte-americanos. Esse imbróglio Dake, queiramos ou não, passou a constituir-se numa causa soberana para as Assembléias de Deus. Vejo nos rumores sobre a hipótese da continuidade da publicação da Bíblia Dake um atitude velada da CPAD em querer sobrepor-se às resoluções já estabelecidas pelo CD e pela CA, forçando a Mesa Diretora a criar um impasse institucional com os seus conselhos. Esse não é caminho.

Assim como lá nos EUA souberam os líderes políticos perceber que as instituições são muito mais importantes do que as pessoas, creio que é hora de a nossa liderança ter a mesma perspectiva e pensar nas instituições. Fazer uma conta de chegada para manter a Dake implica em retirar dos órgãos acima toda a sua relevância, bem como as prerrogativas que lhe confere o estatuto da CGADB.

Brasília. Mas o que tudo isso tem a ver com Brasília? É que hoje, dia 24 de março, lá estarei para representar o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB, numa conferência promovida pela Frente Parlamentar Evangélica para debater os pontos obscuros do 3° Programa Nacional de Direitos Humanos. Ou seja, divergências à parte, temos maturidade suficiente para estarmos juntos tratando de temas de elevada importância para os destinos do nosso país.

Palestra. Além de proferir palestra, farei parte da Mesa de Debates coordenada pelo Bispo Manoel Ferreira, de quem publicamente discordei quando se uniu ao filho do rev. Moon num movimento que cheira a ecumenismo e ao estabelecimento de uma nova ordem mundial, inclusive religiosa.
As posições que defenderei são as que todos os que me leem e ouvem conhecem. Farei com equilíbrio, mas sem abrir mão dos princípios eternos e imutáveis da Palavra de Deus.

fonte blog do Pastor Geremias Couto

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