sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Quais são as diferenças entre Febre Chikungunya e a Dengue?

A Infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Andreia Maruzo Perejão, esclarece as principais dúvidas sobre o assunto.


FONTE: GUIAME

(Foto: MSN)
(Foto: MSN)
Você sabe o que é a Febre Chikungunya? Facilmente confundida com a dengue, por ter sintomas muito parecidos, a doença é causada por um Arbovirus e teve seu primeiro registro em 1952 na África. Desde então, a patologia tem se proliferado por países da América Latina.
Para orientar a população e esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto, a Infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Andreia Maruzo Perejão, explica que a transmissão das duas doenças ocorrem pela picada dos mosquitos Aedes aegypti ou Aedes albopictus.
Segundo a profissional, entre 72% a 95% das pessoas infectadas apresentam febre alta repentina. “Além desse sintoma clássico, o paciente com Chikungunya também apresenta cefaleia, mialgia, manchas pelo corpo (exantema), conjuntivite, náuseas e vômitos e dores articulares debilitantes (poliartrite), sendo esse último sintoma o que mais a diferencia da dengue”, afirma a Dra. Andreia.
“Seu nome vem da língua Kinchonde e significa ‘homem que anda arqueado’ devido às fortes dores articulares” explica a infectologista. “Essa artrite ocorre mais em mãos e pés e pode persistir por meses ou anos, mas, raramente há complicações ou mortes”.
A médica explica que o diagnóstico se dá pela suspeita clínica e exames de sangue como sorologias, cultura viral ou RT PCR. A infectologista adverte: “O tratamento é sintomático, pois não há medicação especifica para o vírus, ou seja, tratamos os sintomas e orientamos o paciente a repousar, se alimentar e se hidratar bem para melhorar sua imunidade durante o ciclo do vírus”.
Para a prevenção da Chikungunya, deve-se manter os mesmos cuidados que se tem com a dengue. “É extremamente importante eliminar qualquer objeto que acumule água principalmente da chuva, pois podem ser criadouros do mosquito. Durante as epidemias também oriento o uso de repelentes”, diz a médica.
“O período de incubação do vírus leva de 2 a 10 dias, e na dengue o risco de evoluir para um quadro hemorrágico é maior”, finaliza.

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