Testemunhas que estavam no início da tarde desta terça-feira (11) na Catedral Metropolitana de Campinas no momento do ataque dizem que o atirador fez os disparos na parte final da celebração.
“Entrei na igreja, a missa já havia terminado. Alguns minutos depois o atirador entrou e se posicionou na frente de um casal e atirou”, conta o aposentado Pedro Rodrigues, 66. “Eu saí correndo, não houve gritaria, apenas correria. E ele continuou atirando. Eu tenho muita sorte de estar vivo.”
A assistente-administrativa Luciana de Oliveira, 36, disse ter ouvido um grande número de disparos, quando passava perto do templo. “Ouvimos muitos tiros e as pessoas gritando, chorando. Vimos o homem baleado no peito saindo de maca. Foi horrível”.
Ao menos quatro pessoas foram mortas a tiros na catedral, segundo o Corpo de Bombeiros. A principal suspeita é de que um grupo de pessoas foi atacado por um homem, de cerca de 30 anos, que entrou na igreja e atirou contra os fiéis.
Segundo a PM, o suspeito se matou após o ataque —ele portava uma pistola 9 mm e mais um revólver. A motivação do ataque a tiros é desconhecida, informou a Polícia Militar à reportagem da Folha.
Outras quatro pessoas foram atingidas pelos disparos e sobreviveram. Elas foram socorridas pelos bombeiros e pelos médicos do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levadas para os hospitais Mário Gatti, HC de Campinas e o Beneficência Portuguesa.
Os bombeiros informaram que os sobreviventes vão passar por cirurgia para a retirada dos projéteis que atingiram partes vitais.
A Catedral de Nossa Senhora da Conceição, localizada no centro da cidade, está cercada por agentes das forças de segurança.
Por meio de nota, a arquidiocese de Campinas informou que a catedral está fechada para o atendimento às vítimas e para realizar as investigações da polícia. “Contamos com as orações de todos neste momento de profunda dor”, segundo trecho do comunicado.
Fonte: Folha de S. Paulo
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