Por considerar a linguagem ofensiva, o Wheaton College está editando a placa que homenageia missionários, como Jim Elliot, que foram mortos pelo povo Waorani no Equador.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN HEADLINES
A placa homenageia os missionários Jim Elliot, Ed McCully, Nate Saint, Roger Youderian e Pete Fleming, mortos em 1956, pelo povo Huaorani no Equador. (Foto: RNS/Wheaton College Virtual Tour Screengrab).
A instituição cristã Wheaton College, nos Estados Unidos, está reescrevendo uma placa de seu campus que se refere aos povos indígenas como “índios selvagens”, por considerar a linguagem ofensiva.
A placa homenageia os missionários Jim Elliot, Ed McCully, Nate Saint, Roger Youderian e Pete Fleming, mortos em 1956, enquanto tentavam compartilhar o evangelho com o povo indígena Huaorani no Equador. A homenagem foi feita em 1957 pelos colegas dos missionários.
“Nos 64 anos desde que o College recebeu este presente, continuamos a crescer em nossa compreensão de como mostrar o amor e respeito de Deus pelas pessoas de todas as culturas”, afirmou o presidente do Wheaton College, Philip Ryken, em nota.
“Também aprendemos muito mais sobre o trabalho contínuo de Deus entre os Waorani. Saudamos esta oportunidade de garantir que contemos esta história inesquecível de uma forma que reflita a plena dignidade das pessoas feitas à imagem de Deus”, declarou o diretor.
A placa em memória aos cinco mártires foi feita em 1957 pelos colegas dos missionários. (Foto: Reprodução/Flicker).
A história dos missionários mártires ficou conhecida com os livros de Elisabeth Elliot, viúva de Jim Elliot, e com o filme “Terra Selvagem”, lançado em 2005.
Os cinco missionários viajaram em um pequeno avião para a floresta tropical do Equador com o propósito de tentar evangelizar o povo Huaorani. Apesar de terem interações amigáveis com os indígenas no início, no dia 8 de janeiro de 1956, os cristãos foram mortos por guerreiros Huaorani.
A placa original, localizada no saguão da Capela Edman de Wheaton, diz sobre os Huaorani: “Por gerações, todos os estranhos foram mortos por esses índios selvagens”.
Esta linguagem passou a ser considerada como ofensiva por estudantes, professores e funcionários da faculdade, de acordo com comunidade anterior da instituição:
“Especificamente, a palavra 'selvagem' é agora reconhecida como sendo inerentemente pejorativa e tendo sido frequentemente usada historicamente para desumanizar e maltratar os povos nativos em todo o mundo”.
Mas, a Wheaton College queria manter a memória dos missionários e “manter o espírito de reverência” com que os ex-alunos doaram a placa. Por isso, uma força-tarefa foi nomeada para revisar o texto original e fazer a substituição.
Agora, o texto da placa será o seguinte:
“Deus os chamou para a floresta tropical do Equador e para os Waorani, um povo que nunca tinha ouvido a mensagem do evangelho. Conhecidos por sua violência em invasão de forasteiros e por ciclos internos de matança por vingança, eles estavam entre os povos indígenas mais temidos da América do Sul na época. A história redentora de Deus continua enquanto o evangelho ainda é compartilhado entre os Waorani até hoje”.
A equipe da força-tarefa foi formada por sete membros e liderada por Beverly Liefeld Hancock, filha da viúva de Fleming. Os outros participantes foram: a estudante de graduação Brooklin Williams, que passou grande parte de sua vida entre os Waorani no Equador, e David C. Iglesias, que é membro da tribo Kuna do Panamá e da Colômbia e é associado professor de política e direito em Wheaton.
“Estamos profundamente gratos a esta equipe notável por seu trabalho atencioso para continuar o legado de cinco missionários que deram suas vidas para pregar o evangelho. Fomos ainda mais abençoados pelo forte apoio a este projeto de membros de suas famílias, de seus colegas de classe e de ex-alunos do Wheaton College que se tornaram missionários após serem inspirados por esses bravos pioneiros”, disse Philip Ryken, presidente do Wheaton College.
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