Promotores britânicos disseram que partes da Bíblia são “abusivas” e “não são mais apropriadas na sociedade moderna”.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN CONCERN
O pregador de rua John Dunn foi acusado de homofobia em uma de suas pregações. (Foto: Christian Legal Center).
Em uma vitória para as liberdades cristãs, o governo do Reino Unido reconheceu que foi “inapropriado” para promotores do Crown Prosecution Service (CPS) dizer que partes da Bíblia “não são mais apropriadas na sociedade moderna”, enquanto acusavam um pregador cristão de um suposto “crime de ódio”.
Na Câmara dos Lordes, na semana passada, a Baronesa Hoey levou ao governo a declaração do CPS sobre o caso do pregador John Dunn, que enfrentou uma ação criminal por pregar o livro de Corinthians em uma rua na Inglaterra.
Embora a acusação contra Dunn tenha sido rejeitada, o CPS argumentou que partes da Bíblia são “abusivas” e “não são mais apropriadas na sociedade moderna”, enquanto tentava garantir sua condenação.
Foram citadas ainda referências à escravidão nos livros bíblicos de Êxodo e Levítico e referências à sentença de morte, que não tinham relevância para o que Dunn teria dito.
A notícia atraiu a atenção da mídia internacional e foi vista como o exemplo mais recente do exagero do CPS ao perseguir pregadores de rua por suas crenças.
Em resposta à pergunta da Baronesa Hoey, o Barão Stewart de Dirleton, especialista em direito penal e Advogado Geral da Escócia, afirmou que o CPS “empreendeu uma revisão pós-caso e reconhece que a declaração foi inapropriada”.
Lord Stewart afirmou ainda que a afirmação “não representa uma mudança na Política do CPS” e nem indica uma nova abordagem nos casos de direito à liberdade de expressão e religião.
Entenda o caso
John Dunn, 55 anos, sobrevivente de câncer e veterano das Forças Especiais do Exército Britânico, foi interrogado e depois convocado pela polícia da Inglaterra por suposta “homofobia”, após pregar na Swindon High Street, na cidade de Swindon, em novembro de 2020.
Dunn, que é pregador de rua há 15 anos, estava pregando em 1º de novembro de 2020 quando duas mulheres passaram de mãos dadas. Ele disse: “Espero que vocês sejam irmãs”. Elas responderam que estavam em um casamento lésbico.
O pregador então começou a explicar a visão bíblica do assunto: “Diz na Bíblia que os homossexuais não herdarão o reino de Deus”, um versículo de 1 Coríntios 6.
Dunn diz que sua intenção era declarar a verdade de Deus por amor e compaixão pelas pessoas que o ouviam. No entanto, as duas mulheres ficaram 'ofendidas' e o denunciaram.
Alívio
Ao saber a posição do governo sobre seu caso, Dunn ficou aliviado. “Espero que o que aconteceu proteja outros cristãos que se encontram injustamente do lado errado da lei por falar a verdade bíblica”, disse.
Andrea Williams, diretora-executiva do Christian Legal Center, organização que apoiou o caso de Dunn, disse: “Este foi um exemplo claro de exagero do CPS e demonstrou até que ponto eles não entendem a Bíblia e a liberdade de expressão. Seus argumentos neste caso estavam tão imersos na ortodoxia política secular prevalecente que chegavam a ser assustadores.”
Dunn ainda esclareceu: “Quando prego, só digo o que está na Bíblia. Quando elas me disseram que estavam em um casamento entre pessoas do mesmo sexo, fiquei preocupado com elas. Tive que comunicar as consequências de suas ações com base no que a Bíblia diz. Eu queria avisá-las, não por condenação, mas por amor. Eu queria que elas soubessem que existe perdão através do amor de Jesus.”
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