sexta-feira, 23 de junho de 2017

Bíblia é considerada livro "homofóbico" e impedida de ser ensinada em escola, no Canadá

A Escola Cristã Cornerstone não poderá mais ensinar sobre a Bíblia, porque o livro foi considerado "homofóbico" e "ofensivo" pelas autoridades do Canadá.

Professor ensina sobre a Bíblia em sala de aula. (Foto: Religion News Service)
Professor ensina sobre a Bíblia em sala de aula. (Foto: Religion News Service)
A academia Cristã Cornerstone, em Alberta (Canadá), está sendo convidada a parar de ensinar sobre as passagens da Bíblia que pode que podem ser consideradas "ofensivas".

A presidente da Divisão Escolar 'Battle River' (BRSD), Lauri Skori, disse à diretora da Cornerstone, Deanna Margel, que "qualquer Escritura que possa ser considerada ofensiva a indivíduos particulares não deve ser lida ou estudada na escola".

Skori disse que seria inadequado para a escola, compartilhar "qualquer ensinamento que possa condenar a orientação sexual de alguém".

Já a diretora da escola respondeu que tal proibição fere não só a liberdade religiosa, mas também a liberdade de expressão da instituição cristã.

"Estamos falando de liberdade de religião, mas também estamos falando de liberdade de expressão", disse Margel. "Precisamos de cada uma das palavras [da Bíblia] para nos desafiar, para nos chamar a uma maior compreensão sobre a vida. Isso é muito importante".

No dia 15 de junho, a escola e o conselho se reuniram para discutir o assunto. O jornal 'National Post' informou que 50 representantes da Cornerstone estiveram presentes na reunião.

Skori acusou a Cornerstone de transformar a "discussão em um espetáculo público".
Ela também disse que a Cornerstone "quebrou a confiança" da Divisão Escolar e estava tentando "criar controvérsia" chamando a atenção para a questão.

"As ações da sociedade não só prejudicaram nosso relacionamento, mas colocaram nossos filhos, nossa equipe, nossa escola e nossa divisão escolar em perigo", disse Skori.
A Cornerstone atualmente recebe financiamento do governo canadense e está listado como uma "escola alternativa".

Eles estão sob um acordo com a divisão escolar que protege seu direito de ensinar seus princípios básicos. Mas Skori tem pressionado a Cornerstone a negar seus valores há algum tempo.

No início deste ano, ela fez a Cornerstone remover uma passagem de 1 Coríntios 6:9-10 de seu site.

A passagem dizia: "Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus".

Ela até disse à Cornerstone para remover uma Escritura sobre a imortalidade escrita em uma parede na escola.

A Cornerstone procurou os advogados do Centro de Justiça para a Liberdade Constitucional (JCCF).

O presidente da JCCF, John Carpay, enviou ao à Divisão Escolar uma carta de oito páginas, apontando problemas com a proibição "injustificada e irreal" sobre o ensino da Bíblia e outra linguagem importante para a identidade da Cornerstone.

Oito horas depois que Carpay enviou sua carta, a Divisão respondeu via email, afirmando que manteria sua posição, de acordo com Margel.

Carpay disse que a escola deve ter permissão para ensinar os valores cristãos aos seus estudantes.

"Os curadores gozam do direito legal de enviar seus próprios filhos a várias escolas que se alinham com as crenças e convicções dos pais", disse Carpay em um comunicado. "Mas esses curadores não têm o direito de impor sua própria ideologia em escolas com as quais eles não concordam".

Carpay também disse que esta questão é uma que se relaciona com todas as escolas no Canadá.

"O dever de neutralidade do governo, exigido pelo Supremo Tribunal do Canadá, significa que um conselho escolar não pode determinar se os versículos da Torá, do Corão, do Novo Testamento ou do Guru Granth Sahib são aceitáveis", afirmou.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS

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