sexta-feira, 22 de junho de 2018

Pessoas preocupam-se mais com o sentido da vida durante a madrugada

Análise de 800 milhões de publicações em rede social indica tendências de comportamento

por Jarbas Aragão

Menino olhando os céus. (Foto: Divulgação)

Um estudo complexo, realizado por Cientistas da Universidade de Bristol (Inglaterra) avaliou tendências de comportamento usando Inteligência Artificial (AI) para analisar dados de 800 milhões de tweets, postados ao longo de quatro anos.

Eles conseguiram identificar como nossas prioridades mudam durante o dia e determinar os padrões de comportamento revelados pelas publicações em rede social. Após separar as mensagens em blocos de uma hora, acreditam que conseguiram detectar como funciona o pensamento coletivo dos usuários.

Ao estudar o tipo de linguagem utilizada em 7 bilhões de palavras, os especialistas descobriram evidências de diferentes padrões emocionais e cognitivos evidenciando o modo de pensar da sociedade atual. O rastreamento do uso de palavras específicas, associadas a 73 indicadores que ajudam a interpretar informações sobre o estilo de pensamento individual, revelou a mudança no humor dos usuários durante o dia.

Na publicação científica que foi divulgada ontem (20), os autores do estudo explicam: “A população acorda com emoções positivas elevadas e mostra isso por volta das 6h da manhã. Nas duas horas seguintes, após o início do dia de trabalho já demonstra um humor relativamente ruim, caracterizado por emoções positivas baixas e tristeza aumentada.”

Pensamento analítico e emoções positivas alcançam o pico por volta das 10h, enquanto no final do dia, um tom mais negativo foi observado. A hora do rush é o momento em que pensamos mais sobre trabalho, poder, dinheiro e realizações.

Depois do jantar, é mais provável que estejamos preocupados com sexo e relacionamentos, e nas primeiras horas da madrugada são quando pensamos sobre os problemas da vida. Para os que permanecem acordados, entre 3h e 5h os principais assuntos de interesse são questões existenciais, como a morte e a religião. A linguagem emocional observada pelos pesquisadores é majoritariamente negativa.

Os pesquisadores também identificaram uma diferença nos estilos de escrita ao longo da semana, com as manhãs de domingo sendo o momento em que os usuários da plataforma estavam no melhor humor.

Nello Cristianini, professor de Inteligência Artificial em Bristol e líder do projeto, disse: “A análise do conteúdo da mídia, quando feita corretamente, pode revelar informações úteis para as ciências sociais e biológicas. Ainda estamos tentando aprender como aproveitar isso ao máximo”. Ele afirma que o estudo é pioneiro, mas que pode abrir portas para análises mais complexas sobre o comportamento humano num futuro próximo. 

Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br Com informações Daily Mail

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