Jornalista explicou o termo ‘cristofobia’ usado pelo presidente Jair Bolsonaro em seu discurso virtual na ONU.
Alexandre Garcia, no quadro “Liberdade de Opinião” da CNN Brasil. (Foto: Reprodução / YouTube)
O jornalista Alexandre Garcia disse, no quadro “Liberdade de opinião” da CNN Brasil, que discorda da imprensa que rechaça o termo ‘cristofobia’ utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro em seu discurso virtual na 75ª Assembleia-Geral das Nações Unidas feito na manhã desta terça-feira (22).
O comentarista disse que Bolsonaro, ao citar o termo ‘cristofobia’, não falou do Brasil, e leu o trecho do discurso: “Faço um apelo a toda comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia”.
Garcia disse que Bolsonaro se referiu ao mundo e citou casos recentes de ataques a cristãos e a seus objetos religiosos e de cultos. “A gente lembra ali no Chile estavam queimando igrejas, faz pouco tempo”, apontou.
“A gente vê ataques em escolas na Nigéria, e em outros países africanos, aqueles grupos jihad e islâmicos”, disse.
O jornalista lembrou que também existem outros preconceitos, como contra os muçulmanos e religiões de matriz africana: “Tem ‘islamofobia’ também, tem na França, no Reino Unido, na Alemanha. Aqui no Brasil, há preconceito contra religiões de matriz africana”.
Ele disse que no Brasil tem também outro tipo de ataque, feito a símbolos religiosos, que são inclusive protegidos pela Constituição. Ele falou sobre casos de pessoas fazendo “coisas horríveis com crucifixo” e com imagens da fé católica nas ruas.
260 milhões de perseguições no mundo
Citando a ONG Portas Abertas, o jornalista mostrou dados que apontam 260 milhões de perseguições a religiões cristãs em 2019 em todo o mundo: “[Cristãos] severamente perseguidos em 50 países – católicos, ortodoxos, batistas, protestantes, evangélicos, pentecostais”.
Garcia citou amigos sírios cristãos que torcem pelo Bashar [Al-Assad, presidente da Síria] porque dá a eles liberdade religiosa, pois caso entre um “regime muçulmano eles vão ser destruídos”.
“A gente vê proibição na China, na Coreia do Norte, na Índia, no Paquistão, no Irã, no Afeganistão. Olha quantas igrejas, templos e escolas foram atacados no ano passado: 9.488. Escolas de missionários na África, em que entram com facão, cortando a mão, cortando o braço, pegando mulheres, crianças por serem cristãos”, disse.
O jornalista citou países africanos onde a perseguição é mais intensa, como Líbia, Nigéria, Eritreia, Sudão, Iêmen e Somália. “Por isso que o presidente do Brasil se preocupou”, concluiu.
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