sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Número de demissões cai, mas taxa de desemprego continua crescendo

Isso acontece porque os empresários não estão contratando no Brasil. Em 12 meses, quase 20 milhões de trabalhadores perderam emprego


O número de demissões vem caindo nos últimos meses, mas a taxa de desemprego continua crescendo. Segundo os economistas, a explicação é que hoje as empresas não estão abrindo novas vagas como no passado.
Com a economia está muito menos dinâmica e os empresários não repõem os empregados que saem, nem abrem novas vagas e o ritmo das contratações diminuí ainda mais do que as demissões. É isso que explica o aumento no índice de desemprego.

“O empregador, primeiro ajusta que ele faz costuma ser reduzir as contratações, por dois motivos: ele quer manter a mão de obra treinada que ele investiu na empresa e ele tem um custo de demissão, dado que o mercado de trabalho hoje é bastante formal, comparativamente ao passado. Então, ele quer manter a mão de obra treinada e não quer incorrer nos custos trabalhistas das demissões”, diz o economista Fábio Romão.
Na época do pleno emprego, os trabalhadores eram disputados no mercado. O que estimulava a rotatividade. As demissões giravam na casa de 20 milhões ao ano, mas as contratações eram ainda maiores, reintegrando demitidos e criando vagas para quem entrava no mercado. Em fevereiro as curvas se cruzaram e o saldo de vagas ficou negativo.
Nos últimos 12 meses, quase 20 milhões de trabalhadores perderam o emprego, mas só 18,4 milhões foram contratados. Quase 1,4 milhão de vagas a menos.
“A percepção do empregado hoje é que existe uma oferta muito grande de pessoas no mercado, por isso eles próprios buscam se manter no emprego de uma maneira muito mais forte do que um ano atrás”, fala o diretor comercial Eduardo Varela.

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