Os pais de Victor Moses foram alvo de terroristas islâmicos por serem missionários e terem sua própria igreja, na Nigéria.
Victor Moses tinha apenas 11 anos quando foi avisado por um tio que seus pais, Austin e Josephine, estavam mortos.
Em meio às tensões entre muçulmanos e cristãos, eles foram alvo de grupos terroristas islâmicos por serem missionários e terem sua própria igreja em Kaduna, cidade de 750 mil habitantes na Nigéria.
Depois que os pais de Victor foram assassinados, o pequeno se tornou o próximo alvo. Para que ele escapasse da morte, alguns amigos o esconderam por uma semana até que conseguiram enviá-lo sozinho para a Inglaterra.
Asilado político pelo Reino Unido, o garoto foi adotado por uma nova família na Europa e encontrou tranquilidade para cumprir seu destino de jogar futebol profissionalmente.
Hoje, Victor é titular da ala direita do Chelsea, líder do Campeonato Inglês e favorito à conquista da Premier League. No entanto, ele continua guardando os ensinamentos e princípios passados a ele por seus pais.
“Estejam onde estiverem, espero que eles estejam orgulhosos de mim, que eles olhem aqui para baixo e se encham de orgulho. Foi uma viagem longa [da Nigéria até a Inglaterra] e tive de me manter forte e trabalhar duro para chegar até aqui””, disse ele ao jornal britânico The Guardian, em 2012.
Cenário de perseguição
Segundo a organização Portas Abertas, a Nigéria tem sofrido um intenso aumento nos casos de perseguição aos cristãos ao longo dos anos. Cerca de 11.500 cristãos foram mortos no norte do país entre 2006 e 2014, e 13 mil igrejas foram destruídas, forçando 1,3 milhões de cristãos a fugirem para áreas mais seguras do país.
Apenas em 2015, o número de cristãos mortos na região aumentou em 62%, deixando 4.028 vítimas e 198 igrejas atacadas, de acordo com o relatório.
As agências de segurança e o governo nigeriano recentemente ameaçaram os líderes cristãos que se manifestaram sobre os ataques do grupo extremista islâmico Boko Haram e dos Pastores Fulani.
Além disso, o ainda governo ordenou, na última semana, o cancelamento de um dia de oração e de luto nacional em apoio às famílias que perderam seus entes queridos em razão da perseguição religiosa.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE UOL
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