Um dos jogadores de maior destaque nos anos 90, Donizete Pantera foi impactado pelas palavras de Marcelinho Carioca no Corinthians.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO UOL
Donizete Pantera defendeu o Corinthians em 1997 e foi campeão paulista. (Foto: Eduardo Knapp/Folha Imagem)
Enquanto vestiu as camisas do Botafogo e Vasco, Donizete Pantera aproveitou intensamente cada Carnaval. Mas a história mudou depois que defendeu o Corinthians, onde foi impactado pelas palavras do ex-jogador Marcelinho Carioca e se converteu ao Evangelho.
Hoje, aos 50 anos e pai de três filhos, Donizete tem uma vida tranquila. “Na época que eu jogava, o Carnaval era muito legal, porque é uma festa da nossa cidade [Rio de Janeiro], que para tudo. A gente ficava muito ligado nessas festas, queria participar de qualquer jeito. No camarote ou na avenida, dançando, brincando”, disse em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.
“O jogador brasileiro é muito viciado em Carnaval, mas hoje, não. Tenho outra religião, sou evangélico, não gosto muito”, esclareceu. “Hoje é uma festa totalmente diferente. Não gosto mais e não estou nem aí para quem gosta, não sou mais de brincar. Tenho três filhos, então fico mais na minha”.
Quando passou a integrar o Corinthians, onde conquistou o título de campeão paulista em 1997, Donizete iniciou sua caminhada cristã através da influência de Marcelinho Carioca. “Eu escutava muito a palavra dele no Corinthians, desde 97 escuto a palavra de Deus e tudo vai se confirmando. A gente vai entrando mais na palavra a cada dia”, conta.
Campeão brasileiro pelo Botafogo em 1995, Donizete ganhou a Bola de Prata da revista Placar — premiação mais importante do futebol no Brasil. Ele ainda foi campeão da Libertadores pelo Vasco em 1998, marcando cinco gols.
Os títulos fizeram de Donizete um dos jogadores de maior destaque na segunda metade da década de 90 no futebol brasileiro. Isso gerou no atacante uma enorme esperança de fazer parte da Copa do Mundo de 1998, na França. Mas o fato de não ser convocado pela seleção brasileira fez ele pensar em largar o esporte.
“Na primeira Copa do Mundo, em 1994, não tive chance de ir. Depois, veio a segunda. E foi o meu ano porque em 1998 fui considerado o melhor jogador da América. Então, trabalhei para isso, e, de repente, não tenho a chance. Eu senti muito mesmo, durante cinco meses meu rendimento caiu bastante. Queria até parar de jogar futebol”, ele lembra.
Sem trabalhar desde que pendurou as chuteiras, hoje Donizete estuda para ser comentarista, apesar das dificuldades que o mercado atual oferece. Outra opção é atuar como técnico de futebol. A dúvida ainda existe, mas uma coisa é certa: o Pantera quer seguir respirando futebol.
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