Desde que se converteu ao cristianismo, França afirma que está livre da dependência do álcool.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO UOL
França teve problemas com o álcool durante sua passagem no Palmeiras. (Foto: Célio Messias/Estadão Conteúdo)
O álcool se tornou um vício superado para Welington Wildy Muniz dos Santos, o França, que teve uma carreira no futebol marcada por polêmicas, mas se tornou uma nova pessoa através da fé.
Convertido ao cristianismo desde o ano passado, o jogador de 27 anos atua na Inter de Limeira, time do interior de São Paulo, livre da dependência. “Hoje sou um novo cara. Aquele velho França morreu, não existe mais”, disse em entrevista ao UOL Esporte.
“Hoje sou um cara mais sensato, um cara família, só tenho que agradecer à Inter de Limeira pela oportunidade de estar jogando, de o pessoal estar lembrando de mim, me procurando. Hoje estou longe de confusão, até mesmo dentro de campo. Aquele meu jeito... Não sou mais, isso ficou no passado”, acrescenta.
França se profissionalizou em 2011 e precisou de apenas três anos para chamar a atenção do futebol alemão. Tudo ia bem em sua carreira até 2013, quando o jogador brasileiro foi diagnosticado com tuberculose. Foram seis meses longe dos gramados, que prejudicaram sua passagem pela Europa.
Depois de pouco mais de um ano na Alemanha, França recebeu uma proposta para defender o Palmeiras. Mas foi no clube que o álcool passou a tomar conta de sua vida. Com então 23 anos, ele começou a faltar a alguns treinos e viu o desempenho ser prejudicado. No fim, acabou dispensado após o “excesso de festas”.
“Mas hoje sou um homem transformado por Deus. Se fosse mentir para você, estaria pecando, então aconteceu, sim. Não compareci a alguns treinos devido até a minha fase, que estava boa, e acabei me deixando levar por amizades que não eram boas. Não conseguia treinar, não acordava no outro dia, então tive algumas faltas, sim”, admite França.
“Eu tinha problemas com bebida, porque eu bebia demais, não tinha limite. Eu bebia até o outro dia. É uma coisa que não combina com jogador de futebol. Jogador não, com atleta. Na verdade, jogador de futebol tem bastante, atletas são poucos, então isso não combinava e acabava que eu não treinava, me machucava, não acordava para ir aos treinos. Isso foi me prejudicando bastante. Quando joguei no Palmeiras, estava com 23 anos, novo, e nunca tinha vivido aquilo, um time grande, toda mídia, recebia convite toda hora. Acabei não tendo uma estrutura familiar perto de mim e me complicando nesta trajetória”, acrescenta o jogador.
Depois de um passado marcado por brigas, o volante se diz ‘em paz’ e quer aproveitar o momento para brilhar com a camisa da Inter de Limeira e, quem sabe, retornar a um time grande.
“Me converti no final do ano passado e estou muito feliz por isso. Claro que tenho esse sonho, até porque se eu fizer um bom campeonato tenho certeza que volto para um time grande. Agora, se não tiver oportunidade, vou ficar. Mas hoje agradeço a minha família e, o meu objetivo, se Deus quiser, é subir a Inter de Limeira e mais para frente voltar para um time grande, porque eu sei que ainda tenho muito a jogar”, completa França, que é pai de duas meninas e está prestes a ter mais um filho com a esposa.
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