David Green disse que se esforça para ser bom um mordomo, em vez de um proprietário da empresa.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA FOX NEWS
David Green fundou a Hobby Lobby. (Foto: Captura de tela/CBN News/Google Maps)
O CEO e fundador da Hobby Lobby, a maior varejista de artesanatos e decoração do mundo, declarou que irá abrir mão de sua empresa motivado por sua fé. “Eu escolhi Deus”, disse David Green em um artigo publicado na Fox News na sexta-feira (21).
David Green, de 80 anos, fundou a Hobby Lobby em 1972, no estado americano de Oklahoma. A empresa se tornou uma das maiores nos EUA e, somente em 2021, teve uma receita de US$ 6,4 bilhões.
Em um artigo na Fox News, Green disse que entende as decisões tomadas por proprietários que abriram mão de suas empresas, como o fundador da marca de roupas “Patagonia”, Yvon Chouinard, que doou seu negócio para usar os lucros na luta contra as mudanças climáticas.
“Eu experimentei um processo de tomada de decisão semelhante com minha propriedade da Hobby Lobby. Eu escolhi Deus”, disse Green.
Green confessa que, no início da década de 1980, passou por um período em que ficou “orgulhoso” e quase perdeu seu negócio. “Deus tinha que me mostrar que era Ele quem garantia o sucesso. A Bíblia diz em Deuteronômio 8:18 que é Deus quem nos dá a capacidade de fazer riqueza”, afirmou.
E acrescentou: “Minha fonte de verdade sempre foi a oração e a Bíblia. Eu realmente acredito que se os líderes orarem e buscarem a verdade na Bíblia, seus negócios serão revolucionados.”
‘Deus é o proprietário’
Green explicou à Fox News que, na prática, ele não é mais proprietário da Hobby Lobby. Em vez disso, 100% das ações com direito a voto da empresa foram transferidas para um fundo, onde a “administração” pode continuar a passar de uma pessoa para outra.
“Como proprietário, existem certos direitos e responsabilidades, incluindo o direito de vender a empresa e manter os lucros para você e sua família. À medida que nossa empresa crescia, essa ideia começou a me incomodar cada vez mais”, revelou.
Ele percebeu que não deveria usar os lucros apenas para seu benefício e de sua família: “Advogados e contadores bem-intencionados me aconselharam a simplesmente passar a propriedade para os meus filhos e netos. Não me parecia justo que eu pudesse mudar ou mesmo arruinar o futuro de netos que ainda nem tinham nascido.”
O empresário disse que, enquanto pensava em sua decisão, percebeu que todo o seu sucesso vinha de Deus. “Trabalhamos muito e Deus deu os resultados. Como fomos abençoados por Deus, vimos como um grande privilégio poder retribuir. Temos conseguido levar esperança apoiando ministérios e plantação de igrejas em todo o mundo”, disse.
O senso de um propósito maior o levou a “perceber que eu era apenas um mordomo, um administrador do que Deus havia me confiado”.
“Deus era o verdadeiro dono do meu negócio”, destacou. “Acredito que Deus é quem garante o sucesso, e com ele a responsabilidade de ser um bom gestor.”
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