sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Adoração ou idolatria



A idolatria é a deturpação da verdadeira adoração ao único Deus, que é digno de receber toda admiração, reverência e...

A idolatria é a deturpação da verdadeira adoração ao único Deus, que é digno de receber toda admiração, reverência e culto.
Certamente, o grande mentor da ideia de idolatria foi Satanás que desde a queda procura de todas as maneiras rasurar ou fragmentar diante e através dos homens a glória de Deus.
O objetivo primário e ultimo de Satanás em tudo que planeja e executa pode ser detectado na tentação de Jesus no deserto – “e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te Satanás, por está escrito: Ao Senhor, teu Deus adorarás, e só a ele darás culto.” (Mateus 4.9,10). De modo que, o objetivo de satanás é sempre o mesmo – obter ou deturpar aquilo que pertence somente a Deus – a adoração.
Porém, a idolatria não está relacionada somente na deturpação do destino do culto, mas também na forma do culto, ou seja, o individuo pode afirmar que adora somente a Deus, enquanto que, o seu relacionamento com o Divino é semelhante a de um idolatra. A caracterização clássica de relacionamento com Deus no formato de idolatria se manifesta quando o índividuo troca a comunhão e o relacionamento com Deus por outras coisas da vida, uma vez que, o idolatra não tem dificuldade alguma em substituir a qualquer momento um ídolo pelo outro, desde que, o mesmo não frustre suas ambições. De modo que, podemos observar este evento dentro do contexto bíblico histórico, quando Israel substitui Deus por um bezerro de ouro (Êxodo 32.1), evidenciando que, o relacionamento de Israel com Deus naquele momento não era de verdadeira adoração, mas antes, de idolatria.
Principalmente no mundo moderno, onde a imagem humana é a principal entidade ou a moeda mais valorizada para a comercialização de interesses, utopias e autoengano, a idolatria ultrapassa o seu significado clássico histórico (imagens de deuses feitos de madeira ou metal), e atinge a subjetividade da geração contemporânea, onde o deus ou o objeto de culto torna-se cada vez mais o próprio individuo adoecido pelo seu próprio egoísmo, atestando assim aquilo Alvaro Granha afirma – “Os humanos são dados a idolatria, a começar pelo espelho.”  (Ou seja, autoveneração)
Deste modo, da mesma maneira que Deus extirpou a idolatria objetiva do coração de Abraão– quando disse- “…Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.” (Gênesis 12:1), também trabalhou provavelmente na idolatria subjetiva que poderia se manifestar no apego exagerado ao seu filho Isaque – “…toma te filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá,; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.” (Gênesis 22.2)
De modo que, a manifestação da idolatria pode-se caracterizar desde a veneração, culto e adoração a ídolos de madeira ou metal (idolatria objetiva), ou até mesmo no formato de sentimentos (idolatria subjetiva) que cultivamos a um objeto, pessoa ou ideais de vida.
Não seria nenhuma novidade encontrarmos pessoas idolatrando filhos, ministérios, pais, lideres, pessoas, ou bens materiais, em inúmeras comunidades cristãs.
Sendo assim, qualquer individuo que declarar verbalmente ou mentalmente – “não posso viver sem aquilo…”, provavelmente estará declarando – “sou um idolatra”.  Podendo assim, ser salvo de sua própria idolatria disfarçada, quando obedecer a voz de Deus, que certamente anunciará: “….vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto.”  por Samuel Torralbo Fonte: https://artigos.gospelprime.com.br

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