Em um mês de atuação no Santos, Levir Culpi quer pôr fim aos cultos religiosos dentro do clube, algo que era defendido pelo antigo treinador, Dorival Júnior.
Os dias de liberdade religiosa dentro do ambiente esportivo estão contados dentro do Santos, segundo seu novo técnico, Levir Culpi, de 64 anos.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Levir disse que estuda pôr fim às concentrações antes dos jogos e proibir cultos religiosos dentro do clube — algo que era defendido pelo antigo treinador do Santos, Dorival Júnior.
“Quando entramos pelo portão do Santos, vamos falar de trabalho e de futebol. Agora, quando saímos, cada um vai para onde quiser. Pode ser umbandista ou ateu, mas religião dentro do trabalho, não”, Levir reforçou.
“Quando vamos sair de ônibus nós nos reunimos, fazemos uma oração. É um negócio bacana, que só fortalece o grupo”, ele pondera. “Apesar de eu ser um agnóstico, aceito qualquer manifestação religiosa desde que não fira alguns princípios”.
O time tem encontrado forças na fé através da principal liderança religiosa no elenco, o centroavante e pastor evangélico Ricardo Oliveira, que tem conduzido cultos durante as concentrações do Santos.
“Hoje eu já não sou tido mais como jogador de futebol no meio da minha profissão. Se alguém aí é sintonizado e conhece um pouquinho de futebol, pode saber que todo mundo me chama de pastor. Já deixou de ser só o Ricardo de Oliveira, mas o pastor, porque Deus me levantou assim”, disse ele em 2015, aos alunos da Escola do Reino.
Logo após sua saída do Santos, o técnico Dorival Júnior reforçou que o fato de jogadores cristãos expressarem sua fé dentro do ambiente do clube nunca prejudicou a equipe, em entrevista ao programa 'Bola da Vez', na ESPN, em junho.
“Eu não acho que tem interferência. Primeiro, porque é tudo feito de uma maneira muito tranquila, não atrapalha”, afirmou Dorival. “O Santos tem esse grupo de oração, que a gente respeita. É que as pessoas não conhecem os detalhes, o dia a dia, como são…”
Dorival observou que iniciativas de fé, na verdade, são benéficas aos atletas. “Eu acho que isso só faz crescer o ser humano. Não tem um outro caminho”, destacou. “Aliás, acho que o nosso país vive este momento, porque nós deixamos de buscar a Deus”.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE FOLHA DE SÃO PAULO
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