terça-feira, 5 de dezembro de 2017

"Eu bebia até etanol", diz cristã que passou 22 anos na cracolândia

Eleusa chegou a deixar a guarda de seus filhos com a mãe por não conseguir mais cuidar deles.

Eleusa agora se dedica em ajudar pessoas em situação de vício. (Foto: Reprodução).
Eleusa agora se dedica em ajudar pessoas em situação de vício. (Foto: Reprodução).
Eleusa Reis é uma missionária do projeto Cristolândia. Mas, nem sempre foi assim. Há anos ela foi resgatada das drogas pela iniciativa. sua história é marcada por grandes aflições e pela graça de Deus quando a alcançou. Ela conta em entrevista para o programa Noite e CIA que na época, começou a se envolver com as drogas para sustentar os filhos.

“Eu era mãe solteira com cinco filhos, tinha uns 28 anos e trabalhava como faxineira. Nessa trajetória eu morava na favela que é a maior favela do mundo, o centro das drogas em São Paulo e toda vez que eu passava pelo traficante ele falava: ‘Você é besta, tá trabalhando para ganhar um salário mínimo, passando fome para sustentar os seus filhos sendo que pode ganhar muito mais’. Aquilo foi me apertando e chegou um tempo que eu aceitei o convite dele”, contou.

“Na época eu só trabalhava para cuidar dos meus filhos. Então, comecei a vender drogas e depois a fumar beber para ficar acordada e ficar bem para vender as drogas. Depois passei a cheirar cocaína”, disse.

O vício

“Eu não tinha envolvimento com a droga e nem com os traficantes. Passava, dava boa noite, entrava na minha casa e cuidava dos meus filhos. Comecei a ser uma das melhores vendedoras de drogas. Vendia bem e por isso comecei a ter dinheiro. Mas chegou um tempo que eu não estava mais vendendo para comprar comida, eu estava vendendo para pagar o meu vício. Eu vendia para consumir, até que cheguei ao ponto de entregar os meus filhos para minha mãe”, relatou.

“Então eu fui presa por tráfico de drogas durante oito anos. Me pegaram no centro de São Paulo, mas devido ao bom comportamento ganhei o regime semiaberto. Lá dentro eu continuava fazendo uso da droga. Sai do semi-aberto e não voltei mais. Eles me procuravam, mas o melhor lugar para ir era a rua. Nisso eu comecei a ficar definitivo na Cracolândia”, pontuou.

Comecei a me prostituir por  50 centavos e a vender meu corpo para ter drogas, cola de sapato, tudo que você imaginar. Eu ficava louca 24 horas eu comecei a beber etanol de posto. Eu colocava açúcar, água e tomava, por que droga nenhuma fazia mais efeito em mim. Sofri abuso. A gente faz corre para se prostituir. Passei 22 anos na Cracolândia”, colocou.

Mudanças

“Devido a tudo isso eu pedir ajuda ao projeto Cristolândia que são implantados dentro da Cracolândia para transformar a Cracolândia em Cristolândia. Eles me acharam lá, fui para o projeto e me recuperei. Fui batizada em Foz do Iguaçu. Isso foi em 2010. Fiquei cerca de nove meses nessa casa de recuperação”, disse.

“Nisso eu fiz um propósito com Deus quando estava batizando. Eu disse que se eu me recuperar, eu ia fazer a mesma coisa que fizeram por mim. E foi o que eu fiz. Já usava drogas há quase 30 anos a ponto das pessoas dizerem que eu não tinha mais jeito, que o jeito era morte. Ninguém tinha mais esperança em mim. Ninguém dava mais nada por mim, dizendo que nem Deus ia dar um jeito. Hoje eu sou uma missionária do projeto Cristolândia, hoje eu tenho orgulho de dizer que se eu soubesse que era tão bom servir a Deus eu não teria servido a Satanás. Através do projeto e de orações dos cristãos hoje eu faço a mesma coisa”, finalizou.

Confira o testemunho de Eleusa na íntegra:

FONTE: GUIAME

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