quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Regras que limitam cultos e pregações online são implementadas em toda China

Desde a aprovação do novo regulamento, todo o conteúdo religioso online deve ser realizado apenas por igrejas licenciadas pelo governo.

FONTE: GUIAME

Programa de treinamento realizado em igreja na China. (Foto: Linfen Church)

As novas medidas que limitam o conteúdo religioso na internet passaram a ser implementadas em todo o território da China no início do mês, limitando a transmissão de cultos, grupos de mensagens e aplicativos e sites cristãos.

As chamadas “Medidas Administrativas para Serviços de Informações Religiosas na Internet” entraram em vigor em 1º de março, mas foram implementadas apenas em parte. A partir de 1º de setembro, as regras passaram a ser implementadas em todas as igrejas e organizações cristãs da China.

O regulamento estipula que as igrejas e organizações devem pedir uma licença ao Departamento de Assuntos Religiosos de sua província para prestar serviços religiosos na internet.

Sendo assim, todo o conteúdo religioso que for transmitido online — cultos, pregações, estudos bíblicos, devocionais, músicas religiosas, entre outros — deve ser realizado apenas por igrejas que tenham a “Licença de Serviço de Informação Religiosa da Internet”.

Nenhuma organização ou indivíduo está autorizado a realizar trabalho missionário online, promover educação religiosa, postar pregações ou encaminhar conteúdo relacionado, caso não estejam licenciados.

Desde março, as igrejas registradas no governo têm se adequado para obter as licenças, mas as igrejas domésticas, que não são consideradas oficiais pela China, perderam suas contas no aplicativo WeChat e tiveram seus sites encerrados.

De acordo com a organização International Christian Concern, “os novos regulamentos fazem parte de um esforço mais amplo do governo chinês para introduzir o pensamento socialista no ensino religioso na China.”

Repressão ao cristianismo

As autoridades na China continuam com sua forte repressão ao cristianismo, removendo os aplicativos de Bíblia e as contas públicas do Christian WeChat, à medida que novas ordens administrativas altamente restritivas contra funcionários religiosos entraram em vigor.

Conforme a Portas Abertas, a China é o 17º pior país do mundo no que diz respeito à perseguição aos cristãos. Além disso, a organização observa que todas as igrejas são vistas como uma ameaça, caso se tornem muito grandes, muito políticas ou caso convidem visitantes estrangeiros.

O Departamento de Estado dos EUA classificou a China como um “país de preocupação especial por continuar a se envolver em violações particularmente graves da liberdade religiosa”.

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