Os registros contidos na Estela de Messa ou Pedra Moabita puderam ser decifrados graças a um método de imagens digitais.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE JERUSALÉM POST
Pedra Moabita ou Estela de Messa. (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)
Por volta de 1868, pesquisadores encontraram no território da atual Jordânia um monolito de 840 a.C., que ficou conhecido como “pedra de basalto”, onde há inscrições no idioma moabita.
O achado arqueológico também ficou conhecido, mais tarde, como “Estela de Messa” ou “Pedra Moabita”. Durante muito tempo, a pedra de basalto foi fonte de descoberta sobre a língua moabita para historiadores e linguistas.
Mas, conforme o Jerusalem Post, foi só recentemente que os pesquisadores verificaram, com considerável grau de clareza, que há registros sobre o rei Davi no artefato que se encontra no acervo do Museu do Louvre, em Paris, na França.
Relatos decifrados
Na pedra há um longo relato sobre o rei Messa, de Moabe, entrando em guerra com Israel. Os eventos descritos correspondem, embora de forma imprecisa, a uma narrativa semelhante contida na Bíblia, no livro de 2 Reis, capítulo 3.
De acordo com os pesquisadores, o texto contém alusões ao Deus de Israel, bem como à “Casa de Davi” e também ao “altar de Davi”. Porém, demorou muito até que os pesquisadores tivessem certeza de que as referências estavam sendo decifradas corretamente.
Algumas letras do dicionário moabita são semelhantes ao hebraico e nem todas elas estavam legíveis. Porém, em 2015, uma equipe do Projeto de Pesquisa Semítica Ocidental, da Universidade do Sul da Califórnia, fez imagens digitais da estela restaurada.
Numa das edições da revista Biblical Archaeology Review, os pesquisadores André Lemaire e Jean-Philippe Delorme, disseram que a equipe usou um método chamado Reflectance Transformation Imaging (RTI), no qual várias imagens digitais são tiradas de um artefato de diferentes ângulos e depois combinadas para criar uma renderização digital tridimensional precisa da peça.
Importância da tecnologia na Arqueologia
Os pesquisadores explicam que esse método é especialmente valioso porque a renderização digital permite que os pesquisadores controlem a iluminação de um artefato inscrito, de modo que incisões ocultas, fracas ou desgastadas se tornem visíveis.
Mais recentemente, em 2018, o Louvre tirou essas novas fotos de alta resolução e projetou luz sobre elas, de forma que a imagem ficou muito mais clara e decifrável.
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