Enquanto Kim Jong-un está em busca de “força absoluta”, o povo norte-coreano sofre as consequências da fome.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CNN BRASIL E O GLOBO
Kim Jong-un em teste de míssil balístico, em março de 2022. (Foto: Captura de tela/YouTube Jornal O Globo)
No domingo (27), o líder norte-coreano Kim Jong-un declarou à agência estatal de notícias KCNA, que planeja construir a “força nuclear mais poderosa do mundo”.
O ditador também revelou que está promovendo dezenas de oficiais militares e disse que busca uma “força absoluta, sem precedentes no século”.
Kim anunciou que já testou um novo tipo de míssil balístico intercontinental (ICBM) em 18 de novembro. O míssil era um Hwaseong-17, de acordo com a KCNA — um enorme foguete teoricamente capaz de lançar uma ogiva nuclear para o território continental dos Estados Unidos.
‘Arma estratégica’
Kim elogiou os funcionários que desenvolveram o novo míssil em seus comentários, chamando-o de “arma estratégica mais forte do mundo” e disse que representava “um salto maravilhoso no desenvolvimento da tecnologia de montagem de ogivas nucleares em mísseis balísticos”, de acordo com notícias da CNN.
Agora o líder supremo da Coreia do Norte disse que demonstrou ao mundo “o futuro confiante e sempre vitorioso de nosso Estado avançando em direção ao objetivo de construir o exército mais forte do mundo”.
Em uma carta enviada a Kim, recentemente, cientistas da Academia de Ciências de Defesa da Coreia do Norte disseram que o teste de tiro marcou uma “grande vitória histórica” para o país e demonstrou sua soberania.
Enquanto isso, o povo passa fome…
Embora o teste tenha mostrado que Pyongyang pode lançar um grande ICBM e mantê-lo no ar por mais de uma hora, a Coreia do Norte ainda não demonstrou a capacidade de colocar uma ogiva no topo de um míssil balístico de longo alcance.
Esses mísseis são projéteis disparados para o espaço, capazes de sobreviver à reentrada de fogo na atmosfera da Terra. A imprensa observou que o próprio Kim compareceu ao lançamento do ICBM e que estava acompanhado de sua filha, Ju Ae.
Enquanto isso, boa parte da população norte-coreana necessita urgentemente de comida, porém o ditador rejeita ajuda internacional. Em 2021, Kim já havia admitido que há escassez de alimentos no país.
Porém, por valorizar a ‘autossuficiência’, o país comunista não cede a acordos com outras nações que tentam estender a mão. Os mais afetados pelas consequências do orgulho nacionalista é a própria população.
“Se Kim continuar a rejeitar todo o apoio internacional disponível, e continuar se concentrando em armas nucleares, milhões de norte-coreanos comuns pagarão o preço”, concluiu Timothy Cho (nome fictício), um cristão norte-coreano refugiado.
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