Depois do terremoto, a ajuda emergencial estava chegando por via aérea, agora os sírios dependem exclusivamente das igrejas locais.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MNN
Síria depois do terremoto. (Foto: Captura de tela/YouTube Al Jazeera)
Recentemente, houve um ataque aéreo em Aleppo que obrigou o fechamento de um importante aeroporto na região. Conforme notícias da Mission Network News (MNN), a ajuda humanitária após o terremoto chegava via aérea.
A parceria com agências humanitárias é que está ajudando os sírios neste momento tão delicado. A Horizons International agora conta com a ajuda de missionários libaneses e sírios.
“O norte da Síria é apenas uma ‘colcha de retalhos’ de diferentes tipos de feudos. Existem certas áreas que são controladas por grupos governamentais lá e grupos alinhados ao governo, milícias e coisas assim”, explicou Pierre Houssney, diretor executivo da Horizons International.
Ele explica que existem outras áreas que são controladas por diferentes grupos armados que são contra o governo: “Os rebeldes, o povo curdo e todos os tipos de milícias”.
“Por isso, é um enorme desafio para o ministério que oferece ajuda emergencial. Temos que passar por diferentes postos de controle para entrar nas áreas afetadas”, disse Pierre.
Estratégias para ajudar os sírios
“Existem algumas áreas onde nossa equipe libanesa não consegue entrar, então temos que enviar funcionários curdos-sírios para as áreas curdas porque eles podem passar pelos postos de controle. Temos diferentes parcerias com igrejas que nos permitem entrar em diferentes áreas”, explicou.
Além dessas questões, existe ainda outra ameaça, que é a guerra em curso. “E a fome é o método violento usado para infligir danos, pois diferentes facções impedem que a ajuda chegue a certas pessoas”.
“É nesse tipo de cenário onde as pessoas estão apenas lutando para sobreviver que as facções estão lutando umas contra as outras”, disse ao destacar que a luta armada impulsiona a “fome intencional”.
“Como a ajuda vai chegar ao seu destino nesse tipo de clima?”, questionou o missionário.
‘O milagre das igrejas’
Pierre disse que “um milagre pelo qual os sírios podem agradecer a Deus é que ainda existem igrejas evangélicas na região”.
“As pessoas não sabem disso. As pessoas parecem nem perceber isso. Até os muçulmanos estão entrando nas igrejas. Eles estão dormindo nas igrejas em turnos, dia e noite, 24 horas por dia nos bancos das igrejas”, comentou.
Os cristãos estão ajudando, alimentando e cuidando de todos eles, sem nenhum tipo de discriminação.
“Não há mais diferença entre muçulmanos e cristãos naquela área. Eles nem se importam de onde vem a ajuda ou para onde vai a ajuda. Todos estão ajudando uns aos outros, e isso realmente abriu as portas para o Evangelho”, relacionou.
Pierre, no entanto, disse ter uma preocupação: “Tenho medo de que as manchetes mudem e as igrejas sejam abandonadas novamente. Elas ajudaram todas as pessoas ao seu redor e agora não podem ficar sem apoio”.
“Temos que garantir que as pessoas não se esqueçam da Igreja no Oriente Médio só porque se passaram alguns meses desde o terremoto. Orem para que o Senhor mantenha aberta esta porta para o Evangelho e para que o coração das pessoas ainda estejam abertos no norte da Síria. Precisamos dessas orações”, ele pediu ao concluir.
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