"A esquerda levou o país à bancarrota", disse o
pastor no programa de Mariana Godoy
por Jarbas Aragão
Feliciano
debate impeachment com comunista na Rede TV!
O programa Mariana Godoy Entrevista, exibido pela RedeTV
nesta sexta (11), abordou a questão do impeachment da presidente Dilma
Rousseff. Os convidados foram Marco Feliciano (PSC/SP), que é favorável e
Orlando Silva (PCdoB/SP), contrário ao impedimento.
O pastor Marco Feliciano, de maneira calma e ponderada,
defendeu seu ponto de vista usando a linha de raciocínio dos juristas,
lembrando várias vezes que o impeachment é “técnico” e previsto pela
Constituição.
Já Orlando Silva, que foi ministro do Esporte de Lula e no
início do primeiro mandato de Dilma, insistia nas teses dos aliados do atual
governo, que o pedido “não tem base” e minimizou as manifestações contrárias ao
PT do dia 13, ao mesmo tempo que supervalorizou os movimentos sindicalistas que
saíram para apoiar Dilma e Lula no dia 18.
Desde o início Feliciano ressaltou que enquanto a base
governista tenta desmerecer todo o processo do impeachment atacando o
presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ), a maioria dos deputados veem as
coisas de outra forma. “O foco agora é o impeachment, depois vemos o Eduardo.”
Para Orlando, o desmerecimento de Cunha é o fato de ele ser
“réu na Lava Jato… É uma vergonha ter o Eduardo Cunha como presidente”. O
deputado comunista não fez nenhum comentário sobre os políticos petistas e
aliados que foram presos devido envolvimentos no processo investigativo da
Polícia Federal. Para ele, tudo o que está sendo feito para levar adiante o processo
de impeachment é “oportunismo”.
A resposta de Feliciano foi: “o projeto do Brasil é o
impeachment”, lembrando que o Tribunal de Contas da União analisou as contas de
Dilma e encontrou irregularidades. Somente isso já é motivação para o assunto
ser levado para o plenário.
Para Orlando o impeachment é “casuístico” e “não tem motivo
determinado”. Ele defende que Dilma tem os votos necessários para se livrar do
impeachment. Insiste que existe uma divisão de opiniões no país.
O que não corresponde a verdade, uma vez que a rejeição
à presidente ultrapassa 70%. O termo divisão só se sustenta quando há
um equilíbrio de forças. O número de pessoas nas ruas durante as manifestações
contra Dilma e a favor dela revelaram que a maior parte da população quer o PT
fora do Planalto.
Segundo as contas de Feliciano, no Congresso “400 votos a
favor do impeachment”, o que causaria o fim do governo Dilma Rousseff. Orlando
contesta os números e requenta a teoria de que tudo que acontece no país deve
continuar acontecendo até o final do mandato de Dilma, em 2018. “As urnas não podem
ser substituídas pelas ruas”, sentenciou.
Quando o assunto é as próximas eleições presidenciais,
Feliciano explicou que ainda “não sabe” se concorrerá como vice de Jair
Bolsonaro (PSC). Fez ainda uma ressalva: “A esquerda levou o país à
bancarrota”.
Enquanto Orlando avaliava uma eventual candidatura de Lula,
Feliciano sentenciou: “Lula não vai ser candidato em 2018 pois estará preso”.
Sua fala foi criticada por Orlando, que sentenciou: “o presidente Lula é a
maior liderança política do Brasil”.
Quem é Orlando Silva
O pastor Marco Feliciano é bem conhecido pela sua postura
conservadora e crítica em relação a agenda ideológica defendida pelo partido
que ora governa o Brasil.
Já a carreira política de Orlando foi marcada pelas
denúncias de corrupção em dois momentos.
O primeiro, entre 2006 e 2007 quando usou dinheiro público
para bancar despesas pessoais. Acabou condenado a devolver 30.800 reais dos
quais fez “mau uso”.
Já em 2011 acabou derrubado
do ministério por escândalo, acusado de fazer parte de um esquema
organizado pelo partido comunista para desviar dinheiro público usando ONGs
como fachada.
Assista:
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