segunda-feira, 7 de março de 2016

Organização cristã desenvolve Bíblia para surdos na Rússia

Gravação para o projeto da Bíblia em língua de sinais. (Foto: Deaf Bible Society)


Gravação para o projeto da Bíblia em língua de sinais. (Foto: Deaf Bible Society)

Ainda que as pessoas com deficiência auditiva sejam capazes de compreender a Bíblia escrita, esta não é sua língua nativa.

No Brasil, é fácil encontrar pelo menos dois exemplares da Bíblia em uma casa — sem contar as versões do livro sagrado disponíveis nos smartphones. No entanto, um missionário russo desafia cada pessoa a imaginar como seria se não houvesse uma Bíblia para ser lida em seu idioma.

De acordo com Rob Myers, presidente da organização DOOR International, aponta que esse é o caso dos surdos em grande parte do mundo.

Ainda que as pessoas com deficiência auditiva sejam capazes de compreender a Bíblia escrita, Meyers reconhece que há uma diferença. Uma pessoa surda pode aprender a ler na língua local, mas esta não é sua língua nativa.

"A experiência de leitura para pessoas surdas é muito diferente da experiência de ouvir as pessoas. Isso não significa que as pessoas surdas não possam ler, e isso não significa que algumas pessoas surdas não gostem de ler. Mas para quase todas as pessoas surdas, ler a linguagem escrita é como ler em uma segunda língua. Não é sua língua materna", explica Myers.

DOOR International está trabalhando na Rússia em parceria com o Instituto de Tradução da Bíblia e a Sociedade Bíblica dos Surdos a fim de ampliar a língua de sinais no país. Essa tradução irá garantir o acesso às Escrituras Sagradas não apenas aos surdos russos, mas aos de toda a Ásia Central e Europa Oriental.

Myers estima que 2,4 milhões de pessoas surdas passarão a ter acesso a uma Bíblia na sua língua materna. Como uma linguagem-chave, a tradução russa servirá de base para o trabalho a ser realizado em outras línguas.

Combate ao terrorismo

No ano passado, a Sociedade Bíblica dos Surdos começou um movimento para levar o Evangelho em línguas de sinais para os deficientes auditivos no Oriente Médio pela primeira vez, a fim de combater os esforços do Estado Islâmico (EI) em recrutar os surdos da região.

Muitas vezes, as comunidades surdas são esquecidas no Oriente Médio, e se tornam suscetíveis a cair na proposta de capacitação prometida a eles pelo EI.

JR Bucklew, presidente da organização, explicou que embora existam várias traduções de textos da Bíblia disponíveis, a Federação Mundial de Surdos estima que cerca de 95% da população de surdos do mundo é analfabeta funcional — e é isso que ele busca combater.
 FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MISSION NETWORK NEWS

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