IRAQUE
Pastor Faruk responde a perguntas sobre como tem sido a vida dos cristãos no Iraque. Ele estará no Brasil do dia 14 de abril a 2 de maio
Vários cristãos foram sequestrados em Bagdá nos últimos tempos, alguns foram mortos. Como é que uma igreja pode sobreviver neste contexto? E o que a igreja em todo o mundo pode aprender com isso? A Portas Abertas pediu ao pastor Farouk Hammo, que vive hoje em Bagdá, no Iraque, que compartilhasse conosco os desafios da igreja lá.
Como são os membros de sua igreja em Bagdá?
Apesar de toda a violência que esse lugar tem hoje, tentamos viver nossas vidas normalmente. Diariamente vamos trabalhar, pegamos as crianças na escola e visitamos uns aos outros. Todas as noites temos atividades na igreja e a maioria dos nossos membros são ativos em pelo menos um dos nossos ministérios. A guerra, infelizmente, tornou-se normal no Iraque. Nós experimentamos um ataque a bomba, enterramos os corpos e continuamos. Não é que não nos afete, mas todos estes anos de guerra criaram uma espécie de ‘casca’ – na pele, como armadura – em nós.
Como você lida com essa "casca" na igreja?
Não é fácil. Depois de todo esse tempo, podemos dizer que até mesmo as crianças nascem com medo e insegurança. Felizmente, ninguém em nossa igreja morreu devido à guerra nos últimos cinco anos, mas cada um tem a sua história. Muitos de nós já experimentaram perdas, de membros da família ou de bens.
Nós sofremos discriminação. As pessoas se sentem rejeitadas, ressentidas e amarguradas. Há doenças por causa dos traumas. Tentamos cuidar da cura interior que o nosso povo precisa. Nós fazemos aconselhamentos e treinamos os nossos jovens, por exemplo. Eu não posso dizer se isso é o suficiente, mas nós fazemos o que podemos e oramos pelo que não podemos.
Como a relação com o Estado Islâmico afeta as pessoas em Bagdá?
Como cristãos, é necessário que fiquemos firmes em nossa identidade. Milhões perderam tudo, mas alguns encontraram Cristo. Para nós, como igreja, a grande quantidade de pessoas deslocadas internamente nos deu a oportunidade de ‘praticar o cristianismo’, para ajudar a todos que dele necessitem; não importa se tratasse de cristãos ou não. Deus nos pediu para ter misericórdia de todos.
Como vocês veem Deus?
Deus está em tudo para nós. Ele nos conduz e envia as pessoas certas no nosso caminho. Ele nos dá paz e felicidade, apesar da situação. Dentro da nossa igreja, ele tem dado às pessoas cura interior e libertação. Realmente, não somos nada sem ele; ele é a única esperança.
Qual a mensagem que você deseja compartilhar com os cristãos ao redor do mundo?
Na Europa, muitos muçulmanos estão entrando agora como refugiados. Esta é uma oportunidade de ouro para o evangelismo, mas cuidado com a ira do extremismo islâmico. Precisamos nos unir em Cristo e orar juntos. É assim que podemos mudar o mundo.
Farouk no Brasil
Entre os dias 14 de abril e 2 de maio, ele estará no Brasil compartilhando seu testemunho e experiências de ser além de cristão, pastor no 2º país do mundo mais fechado ao evangelho. A agenda dessa visita estará disponível em breve em nosso site. Não perca a oportunidade de ouvir o cristão perseguido e ser impactado. Fonte: www.portasabertas.org.br
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