Jovens que fazem parte do projeto Cristolândia e membros da
Igreja Batista percorreram mais de 1 km. (Foto: Guiame/ Marcos Paulo Corrêa)
Jovens que foram resgatados da dependência química se uniram
a centenas de pessoas para dizer “não às drogas” pelas ruas da cidade de
Santos, litoral de São Paulo, na última quinta-feira (14).
A caminhada, que teve início espaço da CBB 2016 e foi
concluída na Praça das Bandeiras, promoveu o Movimento Nacional de Prevenção ao
Uso de Drogas, da Junta de Missões Nacionais da Igreja Batista.
Com frases de incentivo como “viver é prevenção, verdadeira
proteção”, jovens que fazem parte do projeto Cristolândia e membros da Igreja
Batista percorreram mais de 1 km levando a mensagem de prevenção ao uso de
drogas aos moradores da cidade.
Durante a passeata, emocionantes louvores foram entoados com
fervor pelos participantes. Para o regente do Coral Cristolândia, Gerson
Machado, participar de um momento como este foi ver o cumprimento da Bíblia.
“Os que estavam nas drogas estão saindo para resgatar os
outros. A sensação é a melhor, não tem como descrever. A melhor coisa do reino
é essa: buscar os perdidos, proclamar o reino, e dizer que Ele está vivo”,
disse Machado em entrevista ao Guiame.
Ao final do percurso, os participantes se reuniram em frente
a um pequeno palco montado na orla da praia. De acordo com Anair Bragança,
gerente executiva de Ação Social da JMN, o “Movimento Viver” é uma marca que
simboliza a “escolha pela vida”, sem o uso de drogas.
“Jesus Cristo é o líder deste movimento, nós cremos que Deus
pode mudar a história da nossa nação. Nós não precisamos viver num estágio de
opressão porque os nossos jovens estão se envolvendo com drogas. A nossa
mensagem de hoje é: vamos viver”, disse Bragança.
O pastor Fernando Brandão, diretor executivo da JMN,
explicou ao Guiame que o objetivo do movimento é envolver a família, a igreja,
a escola e a sociedade civil para trabalhar pela prevenção.
“Milhares de pessoas morrem todos os anos, vítimas das
drogas. Há uma matança nesse País. No ano passado, mais de 60 mil pessoas foram
assassinadas, a grande maioria, vítimas como consequência das drogas”, lamentou
Brandão.
Ações nas escolas
Dias anteriores à caminhada pelas ruas, o Movimento Viver
atuou em três escolas públicas da cidade de Santos.
Para as crianças, foram distribuídos um gibi da “Turma do
Marapé”, onde foi proposto que os alunos construíssem um novo final para a
história de um menino que se envolveu com drogas. Os três que mais se
destacaram na ação foram homenageadas e presenteados no evento.
Outro trabalho foi realizado também com jovens e adultos que
estão em condição de liberdade assistida, em uma das escolas. De acordo com a
secretária de Educação de Santos, Venuzia Fernandes do Nascimento, os
resultados foram positivos. “O trabalho foi incrível, ao ponto de os
professores pedirem para que a igreja retorne”, disse ela ao Guiame.
Diante dos problemas enfrentados nas escolas com as drogas e
infrações cometidas por menores de idade, Venuzia ressalta que a parceria com
as igrejas tem contribuído para ações de maior impacto.
“Eu, como secretária e evangélica, acredito muito nisso, que
cada um tem que fazer a sua parte. Então, acredito que a igreja pode contribuir
— como tem contribuído — na questão da prevenção, na questão de valores, mostrando
aos jovens que temos um outro caminho.
Venuzia observou que muitas igrejas trabalham em parceria
com a prefeitura de Santos na educação infantil e integral. “A igreja está
mostrando às crianças, jovens e seus familiares que existe uma outra forma de
se viver, existe outra forma de ser feliz e serem pessoas de bem. Se cada
igreja se conscientizasse do seu papel nesse momento atual, nós seríamos não
somente uma Santos melhor, mas um país muito melhor”, disse ela.
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