Cristãos palestinos dizem que se sentem esquecidos pelo mundo ocidental em suas dificuldades na Faixa de Gaza, mas não desistem de fortalecer a Igreja local.
Cristãos reivindicam direitos em Gaza. (Foto: Reuters)
Um ministério evangélico disse que no meio de todo o tumulto em torno de Jerusalém e Gaza, um número cada vez menor de cristãos palestinos está lutando para sobreviver na terra onde Jesus Cristo nasceu e se sacrificou pela humanidade.
"Todos nós precisamos de Cristo, mas a Palestina é a terra de Cristo, e isso é uma questão e um problema, e eu vou dizer: também é um desafio. O desafio é que esta é a terra de Cristo onde Ele nasceu, onde Ele deu a Sua vida como um sacrifício em nome de todos os [mundo]", disse o Presidente da Faculdade Bíblica de Belém, Jack Sara.
"É o local de nascimento e de ressurreição, e o lugar do Espírito Santo. E a Igreja começou lá. No entanto, hoje em dia os cristãos não chegam a 1,5% da população total", disse Sara à Mission Network News, na última quarta-feira.
A abertura oficial da embaixada dos EUA em Jerusalém na última segunda-feira (14), juntamente com a violência que a rodeou, continua a ser um tema altamente controverso entre a comunidade internacional e os cristãos locais.
O que muitos palestinos estão dizendo é que eles continuam a ver muçulmanos e judeus entregarem suas vidas a Cristo, mas se sentem esquecidos pelo mundo ocidental em suas dificuldades na Faixa de Gaza e em outras áreas economicamente devastadas.
Outros, como o pe. Mário da Silva, um sacerdote católico romano, alertou que as duras condições de vida levaram a população cristã em Gaza a ser reduzida a não mais de 1.000 pessoas. A queda é notável se comparada a seis anos atrás, quando havia cerca de 4.500 cristãos na região.
Os moradores de Gaza "vivem como se fossem uma prisão a céu aberto, já que não podemos ir embora. Não podemos visitar parentes, procurar trabalho, remédios ou bons hospitais do lado de fora", disse Silva em abril.
"É realmente uma prisão. As pessoas não têm dinheiro e a situação é terrível. Há pobreza generalizada", acrescentou.
Sara, que também serviu como pastor sênior da Igreja da Aliança na Terra Santa, disse à MNN que os seguidores de Cristo são simplesmente incapazes de continuar vivendo na área.
Apesar do declínio nos números, os fiéis palestinos dizem que estão "sendo usados por Deus para construir o Seu Reino".
"Este é o epicentro de muitas coisas. Então quando falamos sobre o epicentro, eu diria [da] história de Deus e história da salvação. Isso significa que é realmente um lugar odiado por Satanás e há muitas forças espirituais que estão atacando as pessoas. Apenas pense, essa área nunca conheceu a paz", acrescentou Sara.
"Essa área teve muito derramamento de sangue, na verdade ainda tem e vive grande turbulência até agora. Não há descanso no país", acrescentou.
Líderes cristãos de todo o mundo saudaram os cristãos que escolheram permanecer em Gaza, incluindo o arcebispo Stephen Brislin, da Cidade do Cabo, na África do Sul.
Brislin disse em janeiro que é compreensível a razão pela qual muitos estão partindo, em meio a relatos de que os católicos caíram para apenas 130 em Gaza, mas que estão se desmantelando no bloqueio em curso imposto por Israel contra o grupo terrorista Hamas.
"Os jovens sentem que precisam decidir entre ficar em Gaza ou sair para encontrar escolas e empregos em outras partes do mundo", disse Brislin na época. "Isso afeta a comunidade cristã. Os jovens que permanecem em Gaza são os verdadeiros heróis. Eles estão dispostos a se sacrificar para criar famílias e a vida cristã em Gaza".
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST
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