terça-feira, 8 de maio de 2018

Trump informa que EUA vão abandonar acordo nuclear com Irã

Presidente dos EUA lamenta que Irã mantenha "um fundo para armas, terror e opressão" no Oriente Médio.


por Jarbas Aragão
Donald Trump. (Tom Brenner / The New York Times)

O presidente dos EUA, Donald Trump, avisou o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, na manhã desta terça (8), que decidiu sair do acordo nuclear com Irã. A informação veiculada pelo jornal The New York Times é que na conversa entre os líderes, foi relatado que os “EUA estão se preparando para restaurar todas as sanções suspensas com o acordo nuclear e também introduzir penalidades econômicas adicionais”.

Trump repetidas vezes classificou o acordo nuclear como “horrível”. Em janeiro, já havia indicado que não iria ratificar o acordo. O anúncio oficial da retirada dos EUA deve ser feito numa coletiva na Casa Branca esta tarde.

Nos últimos dias, o vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, avisou que Teerã reagirá à decisão do presidente dos Estados Unidos sobre o acordo nuclear. Durante discurso no último domingo, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse que os Estados Unidos teriam um “arrependimento histórico”, mas não ofereceu detalhes sobre o que pretende fazer. Em outras ocasiões, ele ameaçou bombardear Israel em retaliação.

O acordo

O Irã e os mediadores internacionais (China, EUA, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) assinaram, em julho de 2015, o Plano de Ação Conjunto Global. O documento estabelece restrições ao programa nuclear iraniano. Foram levantadas sanções internacionais que injetaram bilhões na economia iraniana.

Os termos do acordo proíbem que Irã enriqueça mais de 300 quilos de urânio em 3,67 por cento durante 15 anos. Trata-se da matéria-prima para bombas nucleares. Ele teria de enviar o excedente desse material para outros países, especialmente a Rússia.


Desde que assumiu, Trump reclama que o acordo assinado com aval de Barack Obama restringe as atividades nucleares do Irã apenas por um período limitado. Lembra também que o tratado não impediu o desenvolvimento de mísseis balístico e que a liberação de US$ 100 bilhões [R$ 350 bilhões] dos ativos internacionais foi usada pelo Irã como “um fundo para armas, terror e opressão” no Oriente Médio.

Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br

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