Cerca de 40 participantes apareceram no primeiro evento, realizado no final de agosto. (Foto: Reprodução).
Durante o tratamento do câncer de mama, o cabelo da paulista Ezeni Miranda caiu. Hoje ela quer levar alegria para mulheres que passam pela mesma luta.
A professora paulista Ezeni Miranda teve de enfrentar um momento difícil durante o tratamento do câncer de mama: a perda dos fios. “Eu não tenho dúvida que a queda dos cabelos é um dos sintomas mais temidos por quem faz quimioterapia. Eu sei. Passei por isso e não é fácil. Você se olha no espelho e não sabe mais quem você é. O cabelo faz parte de você”, comentou.
Ezeni foi curada de um tumor maligno agressivo no seio direito, mas hoje tem um sentimento de solidariedade com pessoas que passam pela mesma situação. Pelo fato de ser procurada com certa frequência por outras mulheres que tem o interesse de doar cabelo, ela decidiu realizar dois dias de programação em parceria com o grupo de apoio a pacientes com câncer do qual faz parte, o Somos Todas Uma. O grupo reúne membros da Igreja Adventista da zona leste de São Paulo.
Cerca de 40 participantes apareceram no primeiro evento, realizado no final de agosto. Elas cortaram parte do cabelo para doar 15 cm de mechas. “Coisa mais linda porque você vê a emoção delas e isso está registrado nas fotos, o quanto elas ficaram felizes por doar parte do cabelo”, diz Ezeni.
“O cabelo é muito importante para a mulher e você saber que aquele cabelo vai ajudar outras pessoas que nem tem é, realmente, muito bonito. Agora imagine para quem vai receber a peruca, para quem está sem o cabelo e está recebendo o tratamento”, pontuou.
No dia 5 de setembro, a professora firmou parceria com um salão de beleza e reuniu mais de 30 mulheres, entre jovens e adultas, que deram de espontânea vontade seus fios. Quem não pôde comparecer fez um esforço e mandou entregar as doações já cortadas. Cada mecha arrecadada será usada na fabricação de perucas e serão distribuídas gratuitamente para as pacientes.
Segundo a organizadora, a perda dos cabelos afeta diretamente a autoestima de quem perdeu seus fios pelo tratamento da doença. “A peruca sintética não tem aquele caimento que tem uma peruca de cabelo natural”, ressalta.
Uma história de vitória
“No começo eu não fiquei muito preocupada. Eu achei que era um nódulo normal, mas eu percebi que era um nódulo diferente”, disse Ezeni que morava na cidade de Tupã, interior de São Paulo, quando percebeu o nódulo na mama direita.
“Foi muito complicado decidir. A gente levou uma semana orando, pedindo para que Deus mostrasse o caminho certo. Poderíamos estar tomando uma decisão errada”, contou sobre a decisão de fazer uma biópsia. “Algumas vezes a gente não entende o que estamos passando. A gente quer respostas muito rápido. Eu tive que esperar um pouco. Foram alguns dias orando e Deus foi mostrando a hora certa, o lugar certo e o tratamento certo”, pontuou.
Confira o testemunho de Ezeni:
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO SITE NOTÍCIAS ADVENTISTAS
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