sábado, 17 de setembro de 2016

Hungria é o primeiro país a defender oficialmente os cristãos perseguidos

O Parlamento de Budapeste, onde se reúne a Assembleia Nacional da Hungria. (Foto: Laurent Bartkowski/Flickr)
O Parlamento de Budapeste, onde se reúne a Assembleia Nacional da Hungria. (Foto: Laurent Bartkowski/Flickr)

O governo da Hungria criou um departamento para ajudar os cristãos perseguidos, coordenar os esforços humanitários e conscientizar o mundo sobre sua situação.

A Hungria se tornou, nesta semana, o primeiro país a criar um departamento específico para lidar com as questões que envolvem a perseguição dos cristãos na Europa e Oriente Médio.

"Hoje o cristianismo se tornou a religião mais perseguida do mundo: de cinco pessoas mortas por motivos religiosos, quatro são cristãs", disse o pastor e ministro da Hungria para Recursos Humanos, Zoltan Balog.

"Os cristãos são perseguidos em 81 países ao redor do mundo e 200 milhões vivem em áreas onde são discriminados. Milhões de vidas cristãs são ameaçadas por seguirem suas ideologias religiosas", completou.

O movimento da Hungria surge depois que o primeiro-ministro do país, Viktor Orbán, criticou a União Europeia (UE), dizendo a Europa deveria se concentrar em ajudar os cristãos antes de apoiar os milhões de muçulmanos que se deslocam para o continente.

"Se realmente queremos ajudar, devemos ajudar onde o problema é rea. Nós devemos ajudar o povo cristão antes dos povos islâmicos", disse Orban.

Orban se opôs rigidamente ao plano da UE de distribuir o afluxo de migrantes e refugiados, que exigia que os países membros aceitassem abrigar certas “quotas”. De acordo com o ministro húngaro, a Europa está dividida entre a "elite da UE" e aqueles que, assim como ele, querem manter as raízes cristãs no continente.

“A elite sabe que os muçulmanos nunca irão votar em um partido com raízes cristãs. Sendo assim, com o grande volume de muçulmanos, os partidos conservadores teriam facilidade para estar no poder. Mas esta guerra também é uma grande oportunidade para as nações com raízes cristãs", disse Orban.

O novo escritório da Hungria terá um orçamento inicial de US$ 3,35 milhões (equivalente a mais de R$ 11 milhões) para ajudar os cristãos perseguidos, coordenar os esforços humanitários e promover a consciência internacional de sua "situação insustentável".

A decisão de criar o novo departamento surgiu depois que Orban e Balog se reuniram com o Papa Francisco, em agosto. Orban e Balog eram os únicos membros evangélicos do grupo.

"Nosso interesse não está apenas no Oriente Médio, mas nas formas de discriminação e perseguição dos cristãos em todo o mundo", disse Balog. "Portanto, é de se esperar que iremos manter os olhos vigilantes sobre as formas mais sutis de perseguição dentro das fronteiras europeias".


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIANITY TODAY

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