quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Pedagogo fala sobre importância da educação cristã: "Não podemos negociar nossos valores"

Isaque Folha destacou a importância de escolas confessionais não cederem a eventos culturais como o São João.

As escolas confessionais apresentam uma base cristã de educação. (Foto: Reprodução).
As escolas confessionais apresentam uma base cristã de educação. (Foto: Reprodução).
Muito se fala da educação brasileira nas escolas e como ela pode influenciar os alunos, de forma a distanciar as crianças dos conceitos bíblicos. Os pais, preocupados, têm a opção de deixar seus filhos em escolas confessionais. Uma dessas escolas, que se destaca no território nacional por estar na ativa desde 1918, é o Colégio Batista Mineiro. O pastor Rubens Cardoso, que atua na instituição de ensino, falou ao programa Bate-Papo sobre a diferença entre os tipos de ensino.

“A escola secular seria uma escola 100% fundamentada em valores laicos, os que a sociedade toda defende. No nosso caso, tem o diferencial cristão. Quando o aluno é matriculado na escola, ele já sabe que vai entrar em contato com uma série de conceitos e ideias que pretendem ajudar esses alunos a fazer uma leitura da sociedade a partir dessa base cristã. Não significa que ela vai ficar distante de outras percepções, não fica alienado nem isolado, mas a pessoa é convidada a ampliar o seu olhar, considerando o espiritual, a presença de Cristo na vida, os valores da fé cristã”, explicou.

Já o pedagogo Isaque Folha, comenta a importância de receber outros alunos. “É importante frisar que nós estamos em um país laico e mesmo as escolas cristãs, que claro como o próprio nome já diz, têm os ensinamentos de Cristo, ela não deve ser laicista. O Estado é laico, mas ele não é laicista. Não é por obrigação”, ressalta.

“Amar ao Senhor não pode ser por obrigação, tem que ser com prazer, disposição e alegria. A diferença existe? Existe. Mas, até na educação cristã é preciso ter essa abertura com relação a família que está chegando. Por exemplo, eu conheço escolas cristãs que recebem alunos budistas e claro que cabe aos pais esse momento. Não podemos negociar os nossos valores. Se é cristã, têm que ser cristã”, pontua.

Ele ainda salienta que é necessário defender esses valores. “Existem escolas lá no Piauí, por exemplo, que se declaram cristãs mas fazem halloween, fazem a festa de São João que é muito famosa no nordeste. E também conheço escolas que, para que a criança não fique alienada, no mesmo período em que todo mundo está fazendo a festa de São João, ela faz a festa de comidas típicas, a festa cultural. Porque tem a ver com vestimenta, culinária e algumas escolas conseguem separar bem isso. Mas, precisa existir essa diferença”, comenta.

Cultura

O pastor Rubens diz: “Entendemos que a cultura é muito ampla. É de todo nível. Cabe a nós educadores selecionarmos parte do que vamos oferecer desse universo. Quando eu seleciono uma parte, eu já estou de alguma maneira apresentando um pouco dos meus princípios. Agora, uma coisa é eu transformar um evento cultural em um evento da escola. A gente faz uma seleção dos eventos que estão mais próximos da escola. Agora, os outros que não entram no pacote, são objetos de questionamento, discussão e estudo”, falou.

“No caso das festas folclóricas, são vistas como expressões da cultura brasileira, do cidadão de certa região do país, é desse entendimento. Agora, temos quase que como objetivo ajudar nossos alunos a serem mais críticos. Não é só receber esse elemento da cultura e deglutir, mas é ele saber com o que está lidando. Aqueles eventos culturais muito marcados religiosamente, a gente convida o nosso aluno, amplia o universo para a percepção dele e ele vê como faz”, colocou.

Confira a entrevista na íntegra:

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA REDE SUPER

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