quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Cinco cristãos foram assassinados em apenas duas semanas, no Egito

Sua morte, que foi causada por um corte em sua garganta, tem semelhanças com as mortes de outros cristãos coptas que foram mortos no período de duas semanas.

O cristão deixou uma esposa e dois filhos de 10 e 12 anos. (Foto: Reprodução).
O cristão deixou uma esposa e dois filhos de 10 e 12 anos. (Foto: Reprodução).
O assassinato de outro cristão copta no Egito, desta vez no centro da capital, torna esta a quinta morte em um período de apenas 13 dias. Ishak Ibrahim Fayez Younan, 37, foi encontrado morto por seu irmão no dia 16 de janeiro, no apartamento da vítima, na parte antiga do Cairo. Ele deixa uma esposa e dois filhos de 10 e 12 anos.

Sua morte, que foi causada por um corte em sua garganta, tem semelhanças com as mortes de outros cristãos coptas durante o período de duas semanas. Cada um teve a garganta cortada, enquanto o dinheiro e outros objetos de valor foram deixados para trás - embora a polícia tivesse dito que o roubo foi o motivo de pelo menos um dos assassinatos.
Younan foi assassinado no apartamento que alugou enquanto trabalhava em uma fábrica que fornecia refrigerantes para supermercados. Sua esposa e seus dois filhos estavam na casa da família em El-Sheikh Zaied, uma aldeia no Alto Egito.

Natal da família

Seu irmão, Magdy Younan, disse ao World Watch Monitor que a vítima tinha acabado de voltar ao Cairo para trabalhar, depois de uma semana de férias, para comemorar o tradicional Natal Copta - 7 de janeiro - e um casamento familiar. “Foi a sua primeira visita à família em dois meses”, disse Magdy.

Younan viajou de volta ao Cairo no dia 12 de janeiro, visitando Magdy no caminho de seu apartamento. Ele levou um pacote de comida - um presente tradicional egípcio - de seus pais, porque Magdy não poderia visitá-los durante as férias de Natal.

A esposa de Younan lhe telefonou no dia 13 de Janeiro para verificar se tudo estava certo. Essa foi a última vez que ela falou com ele. Ela tentou ligar para o seu telefone durante os três dias seguintes, mas não obteve resposta. "Ela estava muito preocupada com ele porque era a primeira vez que não se falavam por tanto tempo", disse Magdy.

Ela pediu a Magdy para visitar o apartamento e ver o que estava errado. "Eu fui para o apartamento de Younan com o nosso cunhado", disse ele. "Quando chegamos lá, a porta estava trancada. Batemos, mas ninguém respondeu”, contou.

"Nós fomos então à fábrica, mas os colegas de Younan disseram-nos que ele não tinha ido trabalhar desde o Natal. Estávamos muito preocupados”, relatou. A vítima trabalhava na fábrica há 13 anos. De acordo com Magdy, ele foi procurado por seus colegas de trabalho, que também telefonaram para ele nos três dias anteriores.

“Voltamos para o apartamento dele e conseguimos abrir a porta” - disse Magdy. “Encontramos o corpo de Younan deitado em uma poça de sangue. Ele tinha uma grande ferida na garganta. Não havia sinal de luta, tudo estava em seu lugar. Sua carteira ainda estava em seu bolso”, comentou.

Motivo

“O assassino não roubou seu dinheiro nem nada do apartamento, o que indica que o motivo não foi roubo”, acrescentou Magdy. Ele chamou a polícia, que veio imediatamente para ver a cena do crime e pegar as impressões digitais.

Na noite do dia 16 de janeiro, o corpo de Younan foi levado para um necrotério no Cairo para uma necropsia. Sua família recebeu o corpo no dia seguinte, levando-o para sua aldeia em El-Sheikh Zaied, para seu funeral e enterro no cemitério da família, no mesmo dia. "Meu irmão não tinha inimigos. Ele era um homem muito simples e pacífico”, disse Magdy, quando perguntado se ele pensava que alguém iria querer prejudicar seu irmão.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO WORLD WATCH MONITOR

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