Nome de ex-presidente da bancada evangélica cresce nos bastidores, garante analista
por Jarbas Aragão
João Campos (PRB/GO) durante sessão de discussão do processo de impeachment de Dilma. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Desde que Jair Bolsonaro foi declarado presidente eleito, a movimentação política é intensa em Brasília com vistas à nova configuração não só dos ministérios, mas também no equilíbrio de forças no Congresso.
O deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), atual presidente da Câmara dos Deputados, tem dito que pretende disputar a presidência da Casa por mais dois anos. A eleição, que ocorrerá em fevereiro de 2019, segundo a mídia teria pelo menos outros sete deputados na disputa.
Bolsonaro já avisou que não se envolverá diretamente na sucessão da Casa, mantendo a coerência de seu discurso de evitar o “toma lá, dá cá” característico das relações partidárias. Além disso, o capitão desautorizou seu partido, o PSL, de lançar candidato na disputa pelo cargo.
Entre os que crescem nos bastidores, desponta o nome de João Campos (PRB/GO), ex-presidente da bancada evangélica. Além de pastor, ele também é delegado e teria apoio de duas Frente Parlamentares fortes: a Evangélica e da Segurança Pública.
Campos tem uma boa relação com Bolsonaro, tendo sido seu aliado em embates históricos na Câmara. A mais conhecida foi em 2011, quando Fernando Haddad, então ministro da Educação, propôs o lançamento de um material que ficou conhecido como “kit gay”. Por conta da pressão da bancada evangélica, liderada pelo goiano, a presidente Dilma Rousseff acabou vetando. O tema foi exaustivamente tratado nessas eleições.
Mesmas bandeiras de Bolsonaro
Deyvid Pereira, analista político consultado pelo Gospel Prime, acredita que a estratégia do pastor poderá ser um elemento surpresa neste processo. “Rodrigo Maia está desgastado entre seus pares. Há notícias que alguns nomes fortes do DEM, como o senador Ronaldo Caiado é favorável ao nome de João Campos. Além disso, o histórico do parlamentar lhe garante um bom trânsito entre vários grupos políticos”, avalia.
O analista entende que o goiano “tem grandes chances”. “É um deputado muito respeitado e muito articulado dentro da Câmara. O presidente eleito tem dito que não quer se envolver diretamente, embora precise de alguém com ideais semelhantes”, destaca. Pereira lembra ainda que, em seus mandatos, “Campos sempre defendeu as pautas morais que ajudaram a eleger Bolsonaro. Eles empunhavam as mesmas bandeiras”.
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário