Um comandante do exército iraniano afirmou que Israel será destruído em algum momento nos próximos dez anos, como resultado das novas revoluções islâmicas na região.
O general de brigada Mohammad Reza Naqdi fez essa declaração na última semana a um grupo de estudantes próximo a Teerã, capital do Irã.
Ele afirmou ainda que sua nação conseguiu expulsar os Estados Unidos do Irã, repelir Saddam Hussein e forçar a retirada americana do Líbano.
"Levo em conta estes resultados. A libertação da Palestina pela Revolução Islâmica não é improvável”, disse Naqdi, segundo informações da Fars — agência de notícias semi-oficial do Irã.
No início do mês, o general Naqdi previu que os Estados Unidos durariam por mais 20 anos e seu colapso foi acelerado com a eleição do presidente Donald Trump.
"De acordo com a análise feita pelos bastidores e decisores do estabelecimento nos Estados Unidos, a América entrará em colapso em 2035. Eu acho que é uma análise otimista, isso vai acontecer muito mais cedo", disse o general.
Investidas
No ano passado, um representante oficial de Ali Khamenei, líder supremo do Irã, afirmou que seu governo tem o direito divino de aniquilar Israel. "O governo da República Islâmica do Irã tem permissão divina para destruir Israel", disse Mojtaba Zolnour.
Ele acrescentou que a permissão é dada pelo "nobre Alcorão", e alegou que "mesmo se o Irã desistir de seu programa nuclear, a determinação deste país para destruir Israel não vai enfraquecer."
Em maio deste ano, o Irã testou com sucesso um míssil balístico de médio alcance. "Testamos um míssil com alcance de 2 mil quilômetros e margem de erro de oito metros há duas semanas. Uma margem de erro de oito metros significa total precisão", disse o general Ali Abdollahi em uma conferência científica em Teerã.
O acordo nuclear, assinado no ano passado entre as potências mundiais e o Irã, não proíbe completamente os testes de mísseis balísticos, mas indica que eles não são "consistentes" com a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de acordo com autoridades americanas.
"O Irã é chamado a não realizar nenhuma atividade relacionada a mísseis balísticos capazes de levar armas nucleares, incluindo lançamentos que utilizam a tecnologia de mísseis balísticos" até outubro de 2023, de acordo com o Conselho de Segurança da ONU.
Isso não impediu o Irã realizar uma série de testes com mísseis balísticos desde que o acordo nuclear foi adotado, em outubro de 2015.
O último lançamento foi realizado em março, quando o Irã testou dois mísseis balísticos contendo a frase "Israel deve ser varrido da Terra", escrita em hebraico. De acordo com um comandante do país, o teste foi feito para mostrar que Israel está dentro do alcance dos mísseis iranianos.
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