Galli critica postura pró-LGBT do governador do MT
Parlamentar afirma que defender um grupo em detrimento dos
demais “é um equívoco”
por Jarbas Aragão
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Com a saída de Dilma Rousseff do poder, a luta contra a
imposição da chamada ideologia de gênero ficou mais acirrada no nível estadual.
Diversos governadores têm anunciado que manterão (e ampliarão) as chamadas “conquistas”
dos movimentos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e
Transgêneros).
O problema é que isso mostra claramente que se está
privilegiando uma parcela da sociedade em detrimento do todo.
No Mato Grosso, o governador Pedro Taques (PSDB) assinou um
decreto que visa regulamentar a criação de um grupo de combate a homofobia.
Ligado à Secretaria de Segurança Pública, seu objetivo é investigar crimes
cometidos contra homossexuais.
A justificativa para tal foi relatórios que apontam 318 assassinados
de LGBTs em todo o país ano passado. Embora o estudo revela que foram 6 mortes
em Mato Grosso, o governo do estado insiste que foram 53 casos de violências
considerados homofóbicos.
O deputado federal Victório Galli (PSC/MT) criticou a
decisão, defendendo ser “fundamental um debate com a sociedade”. Para ele,
embora seja justo que se investiguem e punam todas as mortes e violências,
“Devemos tratar de políticas sociais de forma global e, não podemos entrar em
questões ideológicas e fomentar a luta de classes, segregando e fragmentando a
sociedade numa eterna luta social”.
Galli acredita que existia até recentemente uma forte
pressão do Governo Federal, desde o início da gestão do PT, para que os
governos estaduais fomentassem políticas pró-LGBTs. Portanto, o parlamentar crê
que este assunto deveria parar de ser tratado no campo ideológico. Sugere a
criação de um “Conselho para o Combate à Violência”, que discutiria de forma
ampla e igualitária as políticas para toda população.
Para embasar sua postura, cita um estudo realizado pelo
Governo Federal sobre a criminalidade no Brasil. Os dados presentes no chamado
Mapa da Violência mostram que “Os números recordes relacionados à violência no
país atingem todos os brasileiros, não apenas um grupo social específico”.
Para efeitos de comparação, é sabido que o Brasil ocupa o
alto do ranking mundial de violência, com 64,3 mil pessoas assassinadas
anualmente.
Sem menosprezar a vida dos que foram mortos “em nome do
preconceito”, o deputado cristão lança um questionamento: “O problema do Brasil
é a “homofobia” ou um sistema de segurança pública falido? Qual política
pública está sendo aplicada para diminuir os altos índices de homicídio?”.
Ele, que é um crítico contumaz da gestão petista, afirma que
“Os relatórios do Governo Federal sobre violência são confusos. Somente é
possível fazer destaques aos estudos, cruzando os dados dos vários anos. São
materiais que precisam ser feitos com mais seriedade e isenção ideológica”.
Usando como exemplo Cuiabá, afirma ser alarmante o número de
homicídios na capital do seu estado. Embora a grande mídia geralmente dê
destaques para a criminalidade no eixo Rio-São Paulo, ele acredita que existe,
de modo geral, pouca preocupação dos governadores com a questão da segurança
pública.
O temor do deputado é que a instalação de grupos específicos
de combate à homofobia, gerem uma ‘cortina de fumaça’, que evita uma percepção
desse problema de uma maneira mais ampla.
“É ingênuo afirmar que não há preconceito no Brasil. Mas não
podemos confundir um ato preconceituoso, que reflita desaprovação de conduta
com de um ato deliberadamente homofóbico”, sublinha. “Essas são questões
distintas, que devem ser avaliadas, mas não confundidas”, enfatiza.
Sem preocupação que sua postura pareça ser “politicamente
correta”, Victório Galli lembra que defende a busca de justiça social, mas que
separar um determinado grupo dos demais “é um equívoco, pois não contempla a
participação de toda sociedade. Não vejo como positiva uma ação de inclusão
social que precisa ter a exclusão do restante da sociedade”, finalizou.
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br
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