O Ministério da Cultura lançou nesta terça-feria, (10) a campanha Filhos do Brasil. É contra a intolerância religiosa e será divulgada por meio de peças publicitárias a serem veiculadas na televisão e na Internet. A ação é uma iniciativa do Ministério da Cultura (MinC) e da Fundação Cultural Palmares.
Segundo o MinC, Filhos do Brasil, cujo embaixador é o cantor
e compositor Arlindo Cruz, é uma campanha que tem como meta valorizar a
diversidade religiosa e o respeito ao próximo.
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, lembrou os atos de
violência contra terreiros de candomblé e casas de umbanda: “Violência física,
inclusive. A religião é um caminho para as pessoas se realizarem, terem contato
com o divino. O direito à religião ou à falta de religião está previsto na
Constituição. As pessoas que praticam a intolerância praticam um ato que não é
permitido e é nocivo para a sociedade. É preciso estimular o respeito e coibir
essa prática de intolerância.”
Agressividade
De acordo com ministro, a intolerância tem sido mais
observada contra religiões de matriz africana. “É muito comum alguns líderes
religiosos terem postura agressiva contra o candomblé e a umbanda. O Brasil é
um país plural, com uma diversidade cultural enorme. Temos representação de
praticamente todas as culturas do mundo. Com essas pessoas chegam suas culturas
e religiões e a gente tem que criar um ambiente favorável de convivência
pacifica e de respeito”, disse Juca.
Um dos casos que ganhou destaque no ano passado foi o da
menina Kailane Campos, de 11 anos, apedrejada na saída de um culto de candomblé
em junho, no Rio de Janeiro. Em novembro, um terreiro de candomblé foi
incendiado no Núcleo Rural Córrego do Tamanduá, no Paranoá, Distrito Federal. O
fogo começou por volta das 5h30 e destruiu o barracão da casa. Cinco pessoas
dormiam na casa, mas ninguém ficou ferido.
No mês passado, a imagem do orixá Oxalá, instalada na Praça
dos Orixás, foi incendiada de madrugada. Na praça, que fica na área conhecida
como "Prainha", no Lago Sul, em Brasília, há mais 15 esculturas que
representam orixás do candomblé, que não foram atingidas.
Segundo o ministério, a campanha conta com um hotsite e a
população poderá enviar seus próprios vídeos em defesa da liberdade de crença e
pela garantia dos direitos previstos na Constituição.
Fonte: Conexão Tocantins http://noticias.gospelmais.com.br/
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