Deputado rabino lutará pela construção do Terceiro Templo
Yehuda Glick é aliado de muçulmanos que creem em Jesus
por Jarbas Aragão
Embora tenha nascido nos Estados Unidos, Yehuda Glick é um
dos rabinos com maior visibilidade em Israel nos últimos anos.
Diretor-executivo do Instituto do Templo, há anos ele faz campanha para expandir
o acesso judaico ao Monte do Templo. Defende ainda a construção imediata do
terceiro templo.
Ao assumir como o mais novo deputado do Parlamento de Israel
(Knesset), ele precisou renunciar a sua cidadania americana e precisa
submeter-se à proibição de, como todos os outros parlamentares, subir ao monte
do Templo.
Pertencente ao Likud, partido do premiê Benjamin Netanyahu,
ele substitui o ex-ministro da Defesa, Moshe Yaalon. O novo ocupante da pasta é
Avigdor Lieberman. Com ele e Glick, o cenário político israelense assume uma
configuração mais identificada com o ultranacionalismo.
Isso significa menos diálogo com os palestinos sobre uma
divisão do território israelense, na chamada “solução dos dois estados”.
O rabino Glick ficou muito conhecido após ter sobrevivido a
uma tentativa de assassinato dois anos atrás, quando um palestino disparou à
queima-roupa quatro tiros no seu peito. O fato de ele ser agora um congressista
e com força política, gerou expectativa sobre como será sua luta pela
reconstrução do Templo, assunto evitado pelo governo. Afinal, ele continua
ligado ao Instituto do Templo.
Em seu primeiro pronunciamento, deputado Yehuda avisou:
“Enquanto eu estiver aqui, farei tudo o que estiver em meu alcance para acabar
com a injustiça que acontece todos os dias no local mais sagrado do mundo”.
Aliança com muçulmanos que creem em Jesus
A atuação do rabino Yehuda Glick é marcada por diferentes
questões proféticas. Afinal, ele é um dos grandes incentivadores da retomada dos sacrifícios no que será o Terceiro Templo.
Contudo, ano passado ele fez uma visita à Turquia e participou de um
encontro com líderes religiosos muçulmanos, sendo recebido como convidado de
honra.
Ele afirmou na ocasião que estava lá para “a promoção do
diálogo entre os crentes em um Deus Único. Quando falo sobre a liberdade de
culto, direitos humanos, respeito a todas as outras pessoas, é isso que eu
quero dizer isso. Minha missão está profundamente ligada à visão dos profetas
que tornaram o Monte do Templo uma casa de oração para todas as nações”.
Um dos líderes muçulmanos aliados de Glick é Adnan Oktar,
apresentador de um programa de TV exibido em todo Oriente Médio. Ele defende uma
aliança entre judeus e muçulmanos. Além disso, fala abertamente sobre a chegada de um messias muçulmano [Mahdi],
que em breve se revelará ao mundo. Porém, avisa que antes disso, ocorrerá o
retorno de Jesus, que os muçulmanos chamam de “profeta Isa”.
Jesus teria como função ajudar o Mahdi em sua missão de
converter o mundo todo ao Islã. Sua aparição seria para revelar que ele não é o
filho de Deus, tampouco foi crucificado ou ressuscitou dos mortos. Ele contaria
que, na verdade, é um seguidor do islamismo. Para provar sua condição, fará
muitos milagres.
Oktar apoia a reconstrução de um Templo no alto do Monte,
mas ao lado das Mesquitas. Afirmou que busca influenciar outros líderes
islâmicos para apoiarem a construção desse Templo. Contudo, a afirmação mais
surpreendente foi: “vamos ver o Messias, vamos ver o Templo de Salomão, vamos
todos juntos orar lá, se Deus quiser”.
Fonte:https://noticias.gospelprime.com.br Com informações de Israel National News, JTA e Jewish Press
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