Igreja em Aleppo auxilia famílias islâmicas e cuida de
órfãos
por Jarbas Aragão
Desde 2011 a Síria vive uma sangrenta guerra. Milhares de
pessoas já foram mortas pelos extremistas de grupos como o Estado Islâmico, que
dominam grande parte do território sírio. Nos últimos dias, forças jihadistas
estão atacando áreas residenciais e forças governamentais e curdas em Aleppo,
região norte do país.
Um cessar-fogo foi proposto para a região em fevereiro, mas
o Estado Islâmico não o respeitou. Mesmo com o início do Ramadã, mês sagrado
dos muçulmanos, os ataques de foguetes e morteiros contra vários pontos da
cidade não pararam.
O costume islâmico é que esse período do ano seja dedicado à
oração e ao jejum. Os fiéis só podem comer após o pôr do sol. A população
empobrecida da cidade em algumas áreas não tem o comer. As famílias muçulmanas
mais carentes, que vivem no bairro de Sulaimaniyah, estão sendo alimentadas
pelos cristãos.
A arquidiocese sírio-ortodoxa de Aleppo todos os dias
oferece uma refeição vespertina, a única que muitas dessas pessoas terão no
dia. As imagens da distribuição de alimentos mostram mesas no estilo oriental
improvisadas nas salas da Catedral de Santo Efrem, o sírio.
Para os cristãos, a iniciativa é um gesto simples, que visa
expressar sentimentos de solidariedade entre pessoas de diferentes tradições
religiosas, mas que pertencem ao mesmo povo. Também visa retomar a convivência
harmoniosa entre as várias comunidades étnicas e religiosas da síria antes da
guerra.
Alepo é uma das cidades mais antigas do mundo e ocupa uma
posição comercial estratégica entre o mar Mediterrâneo e o rio Eufrates. É a
maior cidade síria e possui uma posição estratégica, por isso é acirradamente
disputada por forças leais ao governo e os grupos extremistas. A maior parte do
seu território foi destruído na guerra, sendo que vários bairros estão quase
desertos.
Sem saber quanto tempo lhes resta, pelo menos em
Sulaimaniyah cristãos e muçulmanos vêm superando a desconfiança. Muitas
crianças órfãs muçulmanas estão sendo cuidadas em propriedades da igreja,
depois que o local que elas viviam foi devastado pelos bombardeios.
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br/Com informações deAgência Fides
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