sábado, 1 de outubro de 2016

China produz uma Bíblia por segundo, apesar da perseguição

Só no ano passado, a fábrica da Amity imprimiu mais de 13 milhões de cópias das Escrituras Sagradas em cerca de 100 idiomas.

Funcionária da Amity carrega pilhas de Bíblias nas instalações da empresa, em Nanjing, na província de Jiangsu. (Foto: Reprodução/Telegraph)
Funcionária da Amity carrega pilhas de Bíblias nas instalações da empresa, em Nanjing, na província de Jiangsu. (Foto: Reprodução/Telegraph)

Mesmo sendo um dos maiores perseguidores do cristianismo no mundo, a China abriga a fábrica de Bíblias mais produtiva do mercado. Só no ano passado, a Amity Printing Co. imprimiu mais de 13 milhões de cópias das Escrituras Sagradas em cerca de 100 idiomas.

De acordo com a BBC Brasil, a empresa produz, em média, um exemplar por segundo. Um reflexo do crescimento da produção é o aumento do número de cristãos no país.

Atualmente, existem cerca de 100 milhões de cristãos na nação mais populosa do mundo, o que já é maior que os 86,7 milhões que apoiam o opressor Partido Comunista, segundo o Financial Times.

Em menos de 15 anos, a China poderá se tornar o país com o maior número de cristãos no mundo, de acordo com um estudo feito pelo pesquisador Fenggang Yang, da Universidade de Purdue.

Yang indica que a China poderá atingir a marca de 224 milhões de cristãos em 2030. "Pelos meus cálculos, a China está destinada a se tornar o maior país cristão no mundo muito em breve", disse Yang, que é especialista em sociologia. "Isto será menos tempo que o de uma geração inteira. Muitas pessoas não estão preparadas para esta mudança drástica".

O crescimento exorbitante de igrejas da China começou após a conclusão da Revolução Cultural, em 1976. Em 1985, uma nova cláusula incluída na Constituição prometeu liberdade de crença aos chineses.

No entanto, as ações de evangelismo em público não são permitidas e as igrejas estão sujeitas à supervisão de agências governamentais. Em 2014, uma campanha do governo foi lançada, executando a demolição de igrejas protestantes em diversas províncias chinesas. Antes da demolição, a água, a eletricidade, transportes e até mesmo cobertura de telefones foram cortadas em toda a área dos templos por funcionários do governo.

Mesmo durante os dez anos da Revolução Cultural, quando as igrejas foram forçadas a usar instalações subterrâneas — devido à intensa perseguição religiosa — o cristianismo cresceu anualmente em 15%, segundo estimativas.

"A expansão do cristianismo na China é previsível e inevitável", afirmou Yang. "A imensa influência do cristianismo é certa para a China e para o mundo, não importa se as pessoas estão preparadas ou não".

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE BBC BRASIL

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