O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu respondeu à decisão, com críticas. "Obviamente, eles nunca leram a Bíblia", disse ele.
Monte do Templo em Jerusalém. (Foto: Israel News)
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) decidiu que não há nenhuma conexão entre os judeus, Jerusalém e o Monte do Templo. A decisão foi comunicada após nes quita-feira (13), após uma iniciativa palestina, que levou a uma votação. Inicialmente, a proposta também incluía o Muro das Lamentações, mas este ponto foi retirado, após forte pressão de nações aliadas de Israel.
Houve 26 países que se abstiveram de votar, incluindo a Sérvia e o Turcomenistão, enquanto 24 países apoiaram a iniciativa palestina e seis votaram contra. Em contrapartida, nenhuma nação europeia votou a favor da iniciativa.
França, Suécia, Eslovênia, Índia, Argentina e Togo inicialmente iriam votar a favor da resolução, dizendo que os judeus não têm nenhuma conexão com Jerusalém, mas foram convencidos a se abster de votar no final.
Já os Estados Unidos, o Reino Unido, a Lituânia, os Países Baixos, a Estônia e a Alemanha votaram contra a resolução sugerida pela Palestina.
Em uma medida incomum, Israel buscou a ajuda da Santa Sé para impedir que a UNESCO aceitasse a recomendação palestina de negar qualquer filiação judaica com Jerusalém e o Monte do Templo nesta quinta-feira (13), argumentando que a medida também iria prejudicar cristãos.
Os palestinos exigiram que especialistas da delegação internacional fossem enviados para os locais sagrados, com o objetivo de examinar o que eles descreveram como a destruição do patrimônio histórico e arqueológico de Israel. Eles alegam que isto foi realizado de diversas maneiras, incluindo a construção do veículo leve sobre trilhos de Jerusalém e as escavações arqueológicas.
Israel, juntamente com os Estados Unidos, tem trabalhado nas últimas semanas para reduzir o apoio da maioria no Conselho Executivo da UNESCO. A França, que apoiou os palestinos em abril, prometeu votar contra esta proposta.
Os palestinos estão buscando, entre outras coisas, nomear um observador permanente da UNESCO em Jerusalém e nomear uma série de condenações de atividades israelenses, tais como a alegada demolição de uma escola em Kfar Adumim. Israel alega que a demolição foi a derrubada de um local em ruínas e "não de uma escola."
O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu respondeu à decisão, dizendo: "O teatro do absurdo continua com a UNESCO e hoje a organização tem feito a sua decisão mais bizarra, dizendo que o povo de Israel não tem nenhuma conexão com o Monte do Templo e o Muro das Lamentações".
"Obviamente, eles nunca leram a Bíblia", disse ele. "Mas gostaria de aconselhar os membros da UNESCO a visitarem o Arco de Tito, em Roma, onde eles podem ver o que os romanos levaram para lá, depois de terem destruído e saqueado o Monte do Templo há dois mil anos. É possível ver gravado no arco o menorah de sete braços, que é o símbolo do povo judeu, bem como o símbolo do Estado judaico hoje".
"Certamente a UNESCO vai dizer que o imperador Tito era uma parte da propaganda sionista", continuou ele.
"Dizer que Israel não tem conexão com o Monte do Templo e Muro das Lamentações é como dizer que a China não tem conexão com a Grande Muralha da China ou que o Egito não tem conexão com as pirâmides. Com esta decisão absurda, a UNESCO perdeu o pouco de legitimidade que alguma vez já teve. No entanto, acredito que a verdade histórica vai prevalecer", finalizou.
O Ministro da Justiça de Israel, Ayelet Shaked acrescentou que "a ONU está quebrando o seu próprio recorde de ignorância e anti-semitismo".
"Uma organização que se propõe a apresentar a ciência e a educação, mas em vez disso apresenta a política podre dos países islâmicos ditatoriais. Em vez de países ocidentais iluminados, líderes da organização, alguns estão seguindo cegamente a decisão vergonhosa", acrescentou.
O delegado permanente de Israel para a UNESCO, Carmel Shama Hacohen, comentou: "Israel e o povo judeu não precisa que a UNESCO confirme ou não a existência de uma ligação especial entre o povo judeu, o Estado de Israel e Jerusalém, em geral, além dos locais sagrados da cidade, como o Muro das Lamentações ou com o Monte do Templo".
O embaixador prosseguiu: "Não há nenhuma conexão de outro povo, de outro lugar no mundo, que se aproxime da força e da profundidade de nossa conexão com Jerusalém a partir de uma perspectiva religiosa, histórica e nacional, uma conexão que tem resistido à prova de 2.000 anos".
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO YNET NEWS
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